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A relação dos níveis de serotonina, como forte fator modulador, através do perfil alimentar de cada indivíduo, principalmente em indivíduos obesos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação do excesso de peso com o consumo alimentar e os níveis de serotonina. Este trabalho teve como estudo o tipo descritivo, retrospectivo,realizado de setembro de 2017 a julho de 2018, com dados de 18 prontuários de pacientes do Centro de Referência em Obesidade, de ambos os sexos e com idades entre 24 a 60 anos. Foram aceitos, para este estudo, pacientes diagnosticados com sobrepeso e obesidade, segundo a OMS (1997), com dados de Recordatório de 24 horas (R24h) e o resultado do exame de serotonina realizado no período de julho a agosto de 2016, considerando os níveis de normalidade de 30 a 200 ng/dL. Para análise do Recordatório 24 horas, foi utilizado oSoftware DietSmartversão 8.5.1, onde foram obtidos os valores de energia, macronutrientes e aminoácidos neutros. Os resultados demonstraram que dos 18 prontuários: 8 (44,4%) foram de pacientes do sexo feminino e 10 (55,6%) do sexo masculino. Do total: 2 (11,1%) pacientes apresentaram sobrepeso, 4 (22,3%) obesidade grau I, 6 (33,3%) obesidade grau II e 6 (33,3%) obesidade grau III. A avaliação dos níveis de serotonina sanguíneoapresentaram resultados dentro da normalidade (30-200 ng/dL), no entanto, os níveis tendem a aumentar com o aumento do grau de obesidade dos pacientes: nos obesos grau I (76,33±26,48 ng/dL), grau II (105,78±47,16 ng/dL) e no grau III (118,68±63,47 ng/dL) e apresentou maior nível em pacientes com sobrepeso (183,93±12,06 ng/dL), levando em consideração que esse resultado é de apenas dois pacientes, portanto, um dado que deve ser melhor investigado. O consumo médio de proteína (128,3±62,7 g), lipídeo (83,6±60,5 g) e energia (2156,0±779,9 kcal) foi maior em pacientes com obesidade grau I e carboidrato (234,0±192,5 g) maior com obesidade grau II. O consumo médio de valina (2459,2±1622,3 mg), isoleucina (2386,4±1722,6 mg), fenilalanina (1967,7±1456,2 mg), leucina (3614,1±2496,2 mg) e triptofano (647,4±284,6 mg) apresentaram maiores em pacientes com obesidade grau I e tirosina (764,4±0 mg) com obesidade grau III. Como conclusão observou-se que os níveis de serotonina aumentam conforme aumenta os graus de obesidade e que o consumo médio de macronutrientes (proteína e lipídeo), energia e aminoácidosneutros se apresentaram maiores em pacientes com obesidade grau I. Ao analisaros níveis de serotonina com obesidade grau I, observou-se que estes participantes se encontram como o mais baixo nível de serotonina, justificando que após refeições ricas em proteína e baixas em carboidratos estes aminoácidos competem com o triptofano para cruzar a barreira hematoencefálica e devido a isso, menor disponibilidade de triptofano, assim, diminuição da produção de serotonina. Logo, podemos constatar que a dieta possui relação com os níveis de serotonina sérica destes participantes. |