A RELAÇÃO DO EXCESSO DE PESO COM O CONSUMO ALIMENTAR E OS NÍVEIS DE SEROTONINA

Autor: Brenda Ludmilla Braga Vieira, Oliveira Pacheco, Weliton dos Santos Lima, Zandleme Birino de Oliveira, Elianderson Emanoel Monteiro de Melo, Lidiane Cruz Garcia, Jhwllyane Ramos Moraes Almeida, Érika Marcilla Sousa de Couto, Thiago Eric do Monte Borges, Yasmim Pâmela Feitosa Alencar
Rok vydání: 2023
Předmět:
DOI: 10.5281/zenodo.8159323
Popis: A relação dos níveis de serotonina, como forte fator modulador, através do perfil alimentar de cada indivíduo, principalmente em indivíduos obesos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação do excesso de peso com o consumo alimentar e os níveis de serotonina. Este trabalho teve como estudo o tipo descritivo, retrospectivo,realizado de setembro de 2017 a julho de 2018, com dados de 18 prontuários de pacientes do Centro de Referência em Obesidade, de ambos os sexos e com idades entre 24 a 60 anos. Foram aceitos, para este estudo, pacientes diagnosticados com sobrepeso e obesidade, segundo a OMS (1997), com dados de Recordatório de 24 horas (R24h) e o resultado do exame de serotonina realizado no período de julho a agosto de 2016, considerando os níveis de normalidade de 30 a 200 ng/dL. Para análise do Recordatório 24 horas, foi utilizado oSoftware DietSmartversão 8.5.1, onde foram obtidos os valores de energia, macronutrientes e aminoácidos neutros. Os resultados demonstraram que dos 18 prontuários: 8 (44,4%) foram de pacientes do sexo feminino e 10 (55,6%) do sexo masculino. Do total: 2 (11,1%) pacientes apresentaram sobrepeso, 4 (22,3%) obesidade grau I, 6 (33,3%) obesidade grau II e 6 (33,3%) obesidade grau III. A avaliação dos níveis de serotonina sanguíneoapresentaram resultados dentro da normalidade (30-200 ng/dL), no entanto, os níveis tendem a aumentar com o aumento do grau de obesidade dos pacientes: nos obesos grau I (76,33±26,48 ng/dL), grau II (105,78±47,16 ng/dL) e no grau III (118,68±63,47 ng/dL) e apresentou maior nível em pacientes com sobrepeso (183,93±12,06 ng/dL), levando em consideração que esse resultado é de apenas dois pacientes, portanto, um dado que deve ser melhor investigado. O consumo médio de proteína (128,3±62,7 g), lipídeo (83,6±60,5 g) e energia (2156,0±779,9 kcal) foi maior em pacientes com obesidade grau I e carboidrato (234,0±192,5 g) maior com obesidade grau II. O consumo médio de valina (2459,2±1622,3 mg), isoleucina (2386,4±1722,6 mg), fenilalanina (1967,7±1456,2 mg), leucina (3614,1±2496,2 mg) e triptofano (647,4±284,6 mg) apresentaram maiores em pacientes com obesidade grau I e tirosina (764,4±0 mg) com obesidade grau III. Como conclusão observou-se que os níveis de serotonina aumentam conforme aumenta os graus de obesidade e que o consumo médio de macronutrientes (proteína e lipídeo), energia e aminoácidosneutros se apresentaram maiores em pacientes com obesidade grau I. Ao analisaros níveis de serotonina com obesidade grau I, observou-se que estes participantes se encontram como o mais baixo nível de serotonina, justificando que após refeições ricas em proteína e baixas em carboidratos estes aminoácidos competem com o triptofano para cruzar a barreira hematoencefálica e devido a isso, menor disponibilidade de triptofano, assim, diminuição da produção de serotonina. Logo, podemos constatar que a dieta possui relação com os níveis de serotonina sérica destes participantes.
Databáze: OpenAIRE