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Introdução: Os sintomas dispépticos são frequentemente referidos nas consultas gastroenterológicas. Em boa parte dos doentes é possível reconhecer que alterações emocionais fazem parte dos fatores que desencadeiam ou pioram suas queixas digestivas. Objetivo: avaliar a presença e os níveis de ansiedade em portadores de dispepsia. Metodologia: estudo prospectivo, transversal do tipo survey inquérito, realizado em Aracaju-SE, em pacientes encaminhados para EDA, com diagnóstico clínico de dispepsia/sintomas dispépticos. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico de dispepsia. Foi aplicado três questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Critérios de ROMA III e o Inventário de Ansiedade de Beck. Resultados: Dos 859 entrevistados, 388 (45,1%) foram diagnosticados com ansiedade, sendo 214 (55,1%) ansiedade leve, 112 (28,9%) moderada e 62 (16%) grave. A média de idade dos ansiosos leves, moderados e graves foi de 38 anos, 36,5 anos e 35,5 anos respectivamente. Dos entrevistados, 297 (76,5%) eram mulheres, 207 (53,3%) casados, 204 (52,5%) pardos e 205 (52,8%) com ensino médio completo. Dentre as comorbidades, 71 (18,3%) referiram doença cardiovascular, 80 (20,6%) pulmonar, 186 (47,9%) digestiva, 79 (20,4%) osteomuscular, 256 (66%) transtornos psiquiátricos e 158 (40,7%) usavam medicamentos. A soma sugere queixas concomitantes. De acordo com o ROMA III, 221 (57,3%) referiram dor no peito, 291 (75,2%) azia, 276 (71,5%) empachamento pós prandial e 140 (36,7%) saciedade precoce. Conclusão: Os níveis mais elevados de ansiedade podem se constituir como agravantes para a apresentação e gravidade de sintomas dispépticos. |