Ansiedade: um agravante para os sintomas dispépticos

Autor: Giovanna Pimentel Oliveira Silva, Ana Monize Ribeiro Fonseca, Beatriz Carvalho Aragão, Allef Francisco Lira da Rocha Braga, Wianne Santos Silva, Anna Marcela Lima Fonseca, Sender Jankiel Miszputen, Thaissa Carvalho Viaggi, Leda Maria Delmondes Freitas Trindade, Kellyn Mariane Souza Sales, Gabriel Ponciano Santos de Carvalho
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development. 10:e587101119971
ISSN: 2525-3409
DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19971
Popis: Introdução: Os sintomas dispépticos são frequentemente referidos nas consultas gastroenterológicas. Em boa parte dos doentes é possível reconhecer que alterações emocionais fazem parte dos fatores que desencadeiam ou pioram suas queixas digestivas. Objetivo: avaliar a presença e os níveis de ansiedade em portadores de dispepsia. Metodologia: estudo prospectivo, transversal do tipo survey inquérito, realizado em Aracaju-SE, em pacientes encaminhados para EDA, com diagnóstico clínico de dispepsia/sintomas dispépticos. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico de dispepsia. Foi aplicado três questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Critérios de ROMA III e o Inventário de Ansiedade de Beck. Resultados: Dos 859 entrevistados, 388 (45,1%) foram diagnosticados com ansiedade, sendo 214 (55,1%) ansiedade leve, 112 (28,9%) moderada e 62 (16%) grave. A média de idade dos ansiosos leves, moderados e graves foi de 38 anos, 36,5 anos e 35,5 anos respectivamente. Dos entrevistados, 297 (76,5%) eram mulheres, 207 (53,3%) casados, 204 (52,5%) pardos e 205 (52,8%) com ensino médio completo. Dentre as comorbidades, 71 (18,3%) referiram doença cardiovascular, 80 (20,6%) pulmonar, 186 (47,9%) digestiva, 79 (20,4%) osteomuscular, 256 (66%) transtornos psiquiátricos e 158 (40,7%) usavam medicamentos. A soma sugere queixas concomitantes. De acordo com o ROMA III, 221 (57,3%) referiram dor no peito, 291 (75,2%) azia, 276 (71,5%) empachamento pós prandial e 140 (36,7%) saciedade precoce. Conclusão: Os níveis mais elevados de ansiedade podem se constituir como agravantes para a apresentação e gravidade de sintomas dispépticos.
Databáze: OpenAIRE