Porfiria aguda intermitente: estudo clínico de 37 casos.
Autor: | Puglia, Paula Marzorati Kuntz |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2001 |
Předmět: | |
Druh dokumentu: | Dissertação de Mestrado |
Popis: | A porfiria aguda intermitente é uma doença autossômica dominante, decorrente de um distúrbio na via biossintética do heme, causado pela redução dos níveis da enzima uroporfirinogênio-I-sintetase. As manifestações clínicas envolvem o sistema nervoso periférico e o central. O diagnóstico baseia-se na excreção urinária elevada dos precursores das porfirinas ácido d-aminolevulínico e porfobilinogênio. O objetivo deste estudo foi analisar o quadro clínico apresentado por pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo com porfiria aguda intermitente, atendidos no período de janeiro de 1979 a dezembro de 1999. Foram avaliados 37 pacientes, com idades entre 6 e 48 anos, na proporção de 2,7 mulheres:1 homem. A faixa etária na qual ocorreu o maior número de crises foi a terceira década. Os pacientes apresentaram 63 crises, sendo que 13 deles também tiveram manifestações de caráter crônico. As manifestações clínicas mais freqüentes foram: dor abdominal, alteração da cor da urina, mudança no ritmo intestinal, déficit motor ou sensitivo-motor, vômitos, alteração do nível de consciência ou confusão mental, crises convulsivas, quadros disautonômicos cardio-vasculares e distúrbios psiquiátricos. As crises foram classificadas em leves, moderadas e graves, segundo critérios previamente estabelecidos. Todas as manifestações crônicas foram caracterizadas como leves. A neuropatia periférica motora ou sensitivo-motora nunca foi a manifestação inicial da crise de porfiria aguda intermitente. Houve correlação entre o tipo e o número de fatores precipitantes e a manifestação da neuropatia periférica motora ou sensitivo-motora, verificando-se que as crises nas quais ela está ausente foram em geral desencadeadas por apenas um fator, mais comumente de origem endócrina ou metabólica endógena, como período menstrual e jejum, enquanto que nas crises com neuropatia periférica houve a participação de vários fatores concomitantemente, sendo estes principalmente de origem exógena, como medicamentos. Os tratamentos mais utilizados nos surtos foram a administração de glicose, aumento da ingestão de carboidratos e o uso de fenotiazínicos. Acute intermittent porphyria is an autosomal dominant disease, caused by a disturbance in the heme biosynthetic pathway, secondary to the reduction on the levels of uroporphyrinogen-I-synthetase enzyme. Clinical manifestations involve central and peripheral nervous system. The diagnosis is based on the elevated urinary excretion of porphyrins precursors d-aminolevulinic acid and porphobilinogen. The aim of this study was to analyze the clinical manifestations of acute intermittent porphyria in patients of the Hospital das Clínicas of São Paulo, seen between January 1979 and December 1999. 37 patients were studied, from 6 to 48 years old, with a rate of 2,7 women: 1 man. The age in which most of the crisis occurred was the third decade. The patients presented 63 crisis, and 13 of them presented also with chronic manifestations. The commonest clinical presentations were: abdominal pain, change in urine color, change in bowel habits, motor or sensory-motor deficit, vomiting, alteration of consciousness or mental confusion, convulsions, dysautonomic cardiovascular signs and psychiatric disorders. The crisis were classified as mild, moderate and severe, following criteria previously established. All chronic manifestations were characterized as mild. The peripheral motor or sensory-motor neuropathy was never the initial manifestation. Correlation was found between the kind and the number of precipitating factors, and the absence of peripheral neuropathy was in general related to just one factor, more commonly of endogenous endocrine or metabolic origin, like menstrual period and starvation, while in the crisis with peripheral neuropathy multiple factors were involved at the same time, these being of exogenous origin, like drugs. The most commonly used treatments were glucose administration, elevation of carbohydrate intake, and phenothiazines use. |
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