Caracterização imunoistoquímica de linfócitos T regulatórios e T citotóxicos em carcinoma papilífero de tireoide, associado ou não com tireoidite de Hashimoto
Autor: | Carvalho, Denise Faria Galano |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Druh dokumentu: | Tese de Doutorado |
Popis: | Em diversos tipos de neoplasias já foi demonstrado que diferenças no perfil do infiltrado imune tumoral têm relação com prognóstico e resposta ao tratamento. Esta relação aparece intimamente correlacionada ao perfil de expressão imunoistoquímica do tumor. A presença de linfócitos T citotóxicos(CTLs) no microambiente do tumor sugere uma característica biológica crucial para a modulação da resposta imunológica antitumoral. Por outro lado, as células T regulatórias (Tregs) são importantes na manutenção da homeostase imune, em virtude da sua capacidade em inibir a resposta imunológica. Defeitos na função ou uma diminuição do número das Tregs tem sido documentado em doenças auto-imunes, ao passo que no câncer esta população ainda pode ser mais bem estudada. Sendo estabelecido que o câncer pode ser promovido e / ou agravado pela inflamação e infecções e considerando que a superexpressão de componentes do controle da resposta inflamatória específicos de Tregs e CTLs podem representar um potente mecanismo para o processo de progressão e/ou regressão de carcinoma papilífero de tireoide (CPT), o objetivo deste estudo foi identificar e caracterizar as Tregs e CTLs, bem como avaliar e investigar a relação e o papel dessas células implicado na patogênese da resposta imune em pacientes acometidos com CPT associado ou não com a presença de Tireoidite de Hashimoto (TH), relacionando-as com fatores prognósticos clínico-patológicos. Foram selecionados 36 casos estratificados em 3 grupos (12 casos em cada grupo): CPTS correspondeu aos casos de CPT sem associação com quadro de tireoidite, CPTL aos casos de CPT associados á tireoidite linfocitica (CPTL) e CPTH, casos aonde o CPT estava associado á tireoidite de Hashimoto (CPTH) os quais foram submetidos á técnica de imunoistoquímica para os marcadores CD4, CD8, CD25, CD56, FOXP3 e Gran B e os resultados avaliados pelo método quantitativo. Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários médicos. As leituras das células marcadas foram feitas nas regiões de carcinoma papilífero (denominadas intratumorais), nas áreas de parênquima tireoidiano de interface ao tecido neoplásico (denominadas peritumorais) e em áreas subsequentes de tecido tireoidiano normal (denominadas distantes). O número de células T do infiltrado 9 inflamatório foi expresso pela média aritmética da contagem das células dos cinco campos distintos em cada área. Foram feitas análise de variância de Medidas Repetidas Modelo Mixto e calculado o coeficiente de correlação de Pearson para as variáveis CD4 com CD8 e FOXP3 com GranB. Adicionalmente, apesar da avaliação dos CPT divididos segundo seus parâmetros clínico-patológicos não ter se apresentado significante, verificamos que em CPTH as imunovariáveis CD4 e FOXP3 (marcadores para Tregs) apresentaram maior marcação em tumores > 4,1 cm. Nesse mesmo grupo CD8 e Gran B (marcadores para CTLs) se apresentaram com maior imunomarcação em tumores não metastáticos, de estádio menor e sem recorrência. No geral, o infiltrado de células imunes entre os grupos CPTH, CPTL e CPTS, apresentou-se com diferentes densidades entre as áreas estudadas (intratumoral, peritumoral e distante). Linfócitos infiltrando o tecido de forma difusa (CPTS e CPTL) ou em agregados linfoides (CPTH) foram mais abundantes em áreas peritumorais e distantes e a proporção das células CD4+ e CD8+ variou substancialmente entre os grupos, de maneira que todos apresentaram correlação positiva (CPTH r=0,67; CPTL r=0,7 e CPTS r=0,35) crescente entre as variáveis. Em conclusão, estes resultados indicam que nos CPTs o microambiente imune parece ter uma relação com carcterísticas patológicas de progressão do tumor. Nosso estudo mostrou que em CPTH a densidade do infiltrado tumoral e peritumoral por linfócitos Tregs e T citotóxicos está inversamente relacionada. Corroborando com a importância do microambiente imune na evolução dos CPTs, os Tregs exerceram atividade pró-tumoral, favorecendo tumores mais agressivos e os CTLs, atividade antitumoral, favorecendo características de menor agressividade. It has already been shown that differences in tumoral immune infiltrate profile are related to prognosis and response to treatment in several types of neoplasias. This relationship is closely correlated to the tumor immunohistochemical expression profile. The presence of cytotoxic T lymphocytes (CTLs) in the tumor microenvironment suggests a crucial biological feature for the modulation of the antitumor immune response. On the other hand, regulatory T cells (Tregs) are important in maintaining immune homeostasis, because of their ability to inhibit the immune response. Defects in function or a decrease in the number of Tregs has been documented in autoimmune diseases, nevertheless in cancer this population may still be better studied. With the establishment that cancer can be promoted and / or aggravated by inflammation and infections and considering that overexpression of components of the inflammatory response specific for Tregs and CTLs may represent a potent mechanism for the progression and / or regression of thyroid papilary carcinoma (CPT). The objective of this study was to identify and characterize the Tregs and CTLs, as well as to evaluate and investigate the relationship and the role of these cells involved in the pathogenesis of the immune response in patients with CPT associated or not with the presence of Hashimoto\'s thyroiditis (HT) besides relating them to clinical-pathological prognostic factors. Thirty-six stratified cases were selected in 3 groups (12 cases per group): CPTS corresponded to TLC without thyroiditis association, CPTL to cases of TLC with lymphocytic thyroiditis associated (CPTL) and CPTH was considered cases which CPT was associated to Hashimoto thyroiditis (CPTH). These three groups were submitted to the immunohistochemical technique for the CD4, CD8, CD25, CD56, FOXP3 and Gran B markers and the results was evaluated by the quantitative method. Clinical data were obtained from medical records. Stained cells readings were made in the regions of papillary carcinoma (termed intratumoral area), in the areas of the thyroid parenchyma interface to the neoplastic tissue (termed peritumoral) and in subsequent areas of normal (distal) thyroid tissue. The number of T cells of the inflammatory infiltrate was expressed by the arithmetic mean of cells counted in five distinct fields. The variance analysis of Mixed Model Repeated 11 Measurements and the Pearson correlation coefficient for the CD4 and CD8 and FOXP3 variables with GranB were calculated. In addition, although the CPT divided according to clinical-pathological parameters did not present a significant difference, we found that the CD4 and FOXP3 immunoglobulins (Tregs markers) showed higher marking in tumors> 4.1cm. In this same group, CD8 and Gran B (markers for CTLs) presented a higher immunolabeling in nonmetastatic tumors, in smaller stage and in cases without recurrence. In general, the infiltrate of immune cells between the CPTH, CPTL and CPTS groups, presented different densities between the studied areas (intratumoral, peritumoral and distant). Lymphocytes infiltrating diffuse tissue (CPTS and CPTL) or lymphoid aggregates (CPTH) were more abundant in peritumoral and distal areas and the proportion of CD4 + and CD8 + cells varied substantially between groups, so that all groups presented positive correlation (CPTH r = 0.67, CPTL r = 0.7 and CPTS r = 0.35), increasing among the variables. In conclusion, these results indicate that in the CPTs the immune microenvironment seems to have a relation with pathological characteristics of tumor progression. Our study showed that in CPTH the density of tumor and peritumoral infiltrate by Tregs and T cells is inversely related. Corroborating with the importance of the immune microenvironment in the evolution of CPTs, Tregs exerted pro-tumor activity, favoring more aggressive tumors. While CTLs exerted an antitumor activity, favoring characteristics of lower aggressiveness. |
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