Teologia da Libertação: nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da imagem do excluído dos anos 1970 à época atual
Autor: | Veiga, Alfredo Cesar da |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2009 |
Předmět: | |
Druh dokumentu: | Tese de Doutorado |
Popis: | Destaca a reconstituição histórica e estética do processo da arte político-religiosa no Brasil de 1970 aos dias atuais. O período marca o nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da Teologia da Libertação, e junto com o discurso que brota dessa reflexão, nasceu uma produção iconográfica própria e que escapa daqueles modelos consagrados pela teologia tradicional. O negro, o índio, o retirante nordestino, a mulher marginalizada, emprestam seus rostos à Virgem Maria e a Jesus Cristo, a fim de reafirmar o nascimento de um homem novo que surge dos escombros da colonização e da dependência política e econômica que marcaram a América Latina. As figuras, os desenhos, os cartazes, as expressões corporais, se transformaram em documentos que essa teologia produziu ao longo das décadas e que aqui serão abordados. De fato, o que nos interessa de perto, não é privilegiar questões de estilo, mas compreender, através de dados iconográficos, a latência de uma teologia exuberante e eficaz em sua intenção de se tornar a voz do pobre e marginalizado. A hipótese da pesquisa se constitui no problema referente ao processo de sacralização de iconografias, personagens profanos sob a égide da Teologia da Libertação no decorrer desse período no Brasil. A originalidade está em mostrar como esse ideário tomou forma através de representações pictóricas que facilitavam a sua compreensão e aceitação por parte do povo, especialmente o morador da periferia das grandes cidades ou do campo. Nesses lugares, graças a essa estratégia, conjugada a outras, como canções, danças e novos rituais, a Teologia da Libertação teve grande aceitação e força, semeando, através das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), a proposta da criação de uma nova sociedade, baseada em relações mais justas e fraternas, superando a exploração e a opressão dos poderosos a serviço do sistema capitalista. No entanto, a partir do final dos anos 1980, o rosto do sagrado estampado no rosto do pobre começa a esmaecer, sinal de um retorno conservador na Igreja. Apesar disso, esse rosto resiste e atravessa os tempos revelando a sobrevivência de um nicho mais que sagrado no profano. It focuses the historical and aesthetical process of the politic-religious art in Brazil from 1970 to present time, a period which gives birth and at the same time, a kind of disaggregation to an iconographic model that sets apart the traditional ones, consecrated by the church. Black people, Indians, migrants living in poor areas, marginalized women, offer their faces to Virgin Mary and Jesus Christ with the proposal of reaffirming the birth of a new man that revives from the ashes of colonization ruins and also from the politic and economic dependence which was imprinted in Latin America. Pictures, drawings, posters, body language, become themselves, documents that Liberation Theology produced during these decades and will be studied in this research. As a matter of fact, what is mostly important to us to comprehend is not style matters but, above all, through iconographic issues, the latency of an exuberant and effective Theology in its intention to become the voice of the poor and the marginalized. The main hypothesis of this research constitutes in seeing the sacralization process on profane personages according to the Liberation Theology vision. The originality of this research is to show how an ideal took shape through pictorial representations that facilitate its comprehension and acceptation from poor people, especially those who live at the margins of the big cities. In those places, thanks to this strategy, but also with songs, dances and new rituals, Liberation Theology had large acceptation and gained strength, spreading its seeds through the Cebs (Base Communities), and with them, cherished the possibility of creating a new society based on fraternal and fair relations, overcoming exploration and oppression that come from powerful people who serve the capitalist system. However, from the end of the 1980s, the face of the sacred in the face of the poor starts fading as a sign of a conservative return inside the Catholic Church. In spite of this, that face endures and go across the times revealing the survival of a niche more than sacred in the profane. |
Databáze: | Networked Digital Library of Theses & Dissertations |
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