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A presente dissertação tem como objectivo de estudo a obra literária de Luís de Almeida Braga, visando assinalar e esclarecer criticamente o seu percurso existencial e intelectual, numa espessura temporal que se alonga de 1913, data da publicação da revista Alma Portuguesa, até 1970, ano em que vem a lume o seu derradeiro ensaio, Espada ao Sol. A problemática do nosso estudo contempla um ajuste cronológico que recolhe marcas da tradição nacionalista dos finais de oitocentos desenvolvidos em torno de uma consciência crescente dos valores intrínsecos ao sentido de nação, nomeadamente os da história da cultura, da religião e, bem assim, da tradição e costumes, projectada século XX adentro na sociedade portuguesa de que Luís de Almeida Braga, figura destacada do integralismo Lusitano será um expressivo interprete. Com efeito, dos textos teóricos dedicados à reflexão sobre a composição doutrinária do integralismo Lusitano, movimento cultural e político enformado em plena 1ª República, passando por textos de matriz mais literária, a obra de Luís de Almeida Braga expressa uma sensibilidade neogarretiana relatando ligações à escrita camiliana, a António Sardinha e ao poeta integralista Afonso Lopes Vieira. Recupera-se aqui o tema da nação, num tempo em que esta tem vindo a ser rebatida, ou questionada sobretudo enquanto "nação moderna", movendo-nos o interesse em aprofundar alguns nexos da questão tal como se colocava no início do século XX. Em suma, ao lidar com noções como "Pátria", "Nacionalidade" ou "Traição", Almeida Braga busca um caminho inovador de sentir a "Portugalidade" entendida como uma forma de viver em liberdade. |