| Popis: |
A utilização das redes sociais tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Como consequência, o seu uso excessivo tem-se tornado uma preocupação acrescida na medida em que estas plataformas oferecem uma vasta gama de experiências do ponto de vista psicológico, podendo suscitar tendências compulsivas num subgrupo de utilizadores. Os estudantes de ensino superior tendem a ser absorvidos pela tecnologia diariamente e, portanto, mais suscetíveis a desenvolver uma série consequências. Por se tratar de uma problemática cuja investigação está em ascensão, não sendo ainda considerada como patologia, o presente estudo visou avaliar a adicção às redes sociais numa amostra de estudantes universitários no contexto português. Procurou-se analisar as diferenças entre sexos para os níveis de dependência, assim como entre grupos de adicção para os níveis de solidão, impulsividade e autoestima. Procurou-se ainda averiguar se as principais variáveis em estudo predizem a dependência na amostra global. Os resultados revelaram que, embora a amostra não apresentasse dependência nas redes sociais, foram verificadas diferenças significativas entre os sexos quanto à dependência, tal como entre adictos e não adictos nos níveis de solidão, impulsividade e autoestima. Destas variáveis, apenas a solidão não se mostrou um preditor da dependência nestas plataformas. Os resultados deste estudo contribuem assim com evidências científicas sobre a adicção às redes sociais em Portugal, e abrem novas oportunidades para investigações futuras neste contexto. |
