Serositis in patients with Systemic Lupus Erythematosus: characteristics and associates

Autor: Ana Carolina Oliveira Areias
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
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Druh dokumentu: Dissertação
Popis: Introdução: As serosites podem ser a primeira manifestação de Lúpus Eritematoso Sistémico. O conhecimento sobre o perfil clínico destes doentes pode melhorar a sua gestão e abordagem diagnóstica. Neste projeto pretendemos identificar as caraterísticas e fatores associados a serosites agudas, em doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico. Métodos: Foi conduzido um estudo de coorte retrospetivo baseado na revisão de dados da plataforma Reuma.pt de doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico seguidos no Centro Hospitalar Universitário de São João, comparando os registos clínicos de doentes com e sem serosites. Posteriormente foi realizada uma análise secundária comparando os doentes com e sem pericardites e pleurisias especificamente. Resultados: Consultámos os registos clínicos de 197 doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico, sendo a maioria caucasianos (98.8%), 90.9% mulheres, com uma idade média de 47 (± 13) anos e um Índice de Atividade de Lúpus Eritematoso Sistémico 2000(SLEDAI-2K) de 2 (± 4) na última consulta. Dos 197 doentes, 27 foram diagnosticados com serosites, dos quais 14 tiveram pericardites e 22 pleurisias (9 doentes apresentaram ambas as manifestações). Doentes com serosites apresentaram principalmente sinovites (92.6%) e manifestações cutâneas agudas (80.0%). Foi registado um valor mais elevado de proteína C reativa na última consulta nos doentes com serosites, quando comparado com aqueles que não apresentaram essa manifestação (5.00 vs. 2.45 mg/L, p= 0.048). Foi também encontrada uma associação entre a presença de pericardites e o género masculino (p=0.028), e foi observada uma contagem inferior de plaquetas na última consulta nos doentes com pericardites, quando comparado com os doentes sem pericardites (média 192.81x10^9 vs. 236.55x10^9/L, p =0,05). Discussão: Há diferenças referentes a variáveis demográficas e laboratoriais entre doentes que apresentaram ou não serosites (ou pericardites especificamente). Conclusão: As associações de pericardite com género e contagem plaquetária, tal como a associação de serosite com a persistência de níveis de proteína C reativa elevados, poderão indicar mecanismos fisiopatológicos particulares. Deverá ser excluído o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistémico nos casos de pericardites ou serosites "idiopáticas", particularmente na presença das variáveis supracitadas.
Background: Serositis may be the first manifestation of Systemic Lupus Erythematosus. Knowing the clinical profile of these patients may improve the diagnostic and management approaches. In this work, we intend to identify the characteristics and associates of acute serositis in patients with Systemic Lupus Erythematosus. Methods: We performed a retrospective cohort study based on the review of data from the Reuma.pt registry of patients with Systemic Lupus Erythematosus followed in the University Hospital Center of São João, comparing the clinical profiles of patients with serositis with those without this manifestation. Then we performed a secondary analysis comparing the patients with and without pericarditis or pleurisy specifically. Results: We reviewed the clinical files of 197 patients with Systemic Lupus Erythematosus, almost all Caucasian (98.8%), 90.9% women, with a mean age of 47 (± 13) years and a median Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K) of 2 (± 4) at the last appointment. Twenty seven of 197 patients had been diagnosed with serositis, of which 14 had pericarditis and 22 had pleurisy (9 patients presented both manifestations). Patients with serositis presented mainly synovitis (92.6%) and acute cutaneous (80.0%) manifestations. A higher value of C-reactive protein at last appointment was found in patients with serositis compared with those without this manifestation (5.00 vs. 2.45 mg/L, p-value= 0.048). We also found associations between pericarditis and male gender (p-value= 0.028), and found a lower platelet count in the last appointment in the patients with pericarditis when compared with the patients without pericarditis (mean 192.81x10^9 vs. 236.55x10^9/L, p- value= 0.05). Discussion: There are differences between the patients that had serositis (or pericarditis specifically) regarding demographic and laboratorial variables, when compared with the ones without those features. Conclusion: The associations of pericarditis with gender and platelet count, as the association of serositis with the persistence of higher C-reactive protein levels, may point to particular pathophysiological mechanisms. Systemic Lupus Erythematosus should be excluded in cases of "idiopathic" pericarditis or serositis, particularly in the presence of the above-mentioned variables.
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