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A família como uma das instituições mais antigas, sofreu alterações na sua estrutura e dinâmica ao longo de toda a história, influência de fatores económicos, políticos, sociais, culturais, demográficos e tecnológicos. Assim, não podemos olhar para o conceito de família como um conceito fixo, universal, mas sim como um conceito em mudança. Seguindo uma perspetiva sistémica, a família como sistema dentro da sociedade está em constante relação com o meio acompanhando as suas mudanças e evoluções para manter o seu equilíbrio. Surgem assim, novas configurações de família. Atualmente, o conceito de família abrange a família tradicional / casamento (embora já não seja o modelo de referência), a família monoparental, a família recomposta, a família em união de facto, coabitação e as famílias homossexuais. A presente dissertação realizou-se no âmbito da conclusão do Mestrado Integrado em Psicologia tendo como principal objetivo perceber se existem diferenças entre crianças de diferentes configurações de família. A amostra deste estudo é constituída por 230 participantes, do concelho do Porto e de Oliveira de Azeméis, com idades compreendidas entre os 9 e os 15 anos, que responderam a um questionário sócio demográfico, questões relativas à figura de vinculação (ECR), aos estilos educativos parentais (QEEP) e à sua ansiedade, depressão e stress (EADS-21). Apresentam-se os resultados exploratórios que nos indicam que no panorama geral, não se verificam diferenças significativas entre as crianças e jovens das novas configurações de família e as crianças da família tradicional. No entanto, encontraram-se valores tendencialmente diferentes quanto ao evitamento quanto à figura paterna, e quanto à distribuição dos vários estilos educativos. |