Diz-me o que vês, dir-te-ei como te relacionas: Teste de Rorschach e teoria da vinculação
Autor: | Joana Cabral Almeida |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Druh dokumentu: | Dissertação |
Popis: | A Teoria da Vinculação (TV) traduz-se na "propensão de os seres humanos estabelecerem fortes laços afetivos com outros". O sistema de vinculação está ativo "do berço ao túmulo", e associa-se a comportamentos e pensamentos relacionados com a busca de proximidade em situações de necessidade, dirigidos a outros/as percecionados como fonte de suporte, conforto e segurança - as figuras de vinculação. A natureza dos modelos internos dinâmicos de representação de si e dos outros é amplamente influenciada pela qualidade das primeiras experiências entre a criança e o/a cuidador/a. A diversidade destas vivências dá origem aos denominados estilos de vinculação (o seguro, o preocupado, o desinvestido e o amedrontado). Assim, estes estilos revelam-se como uma importante moldura para a compreensão dos padrões de personalidade que se desenvolvem a partir da interação criança-cuidador/a, e que se refletirão por sua vez nos relacionamentos da pessoa cuidada na sua vida adulta. Parece haver componentes da vinculação que podem ser medidos através do Teste de Rorschach (TR), um teste projetivo de avaliação da personalidade. As variáveis deste teste que parecem estar mais significativamente associadas a construtos da TV, são a textura, o conteúdo humano e respostas de dependência oral. O principal objetivo deste estudo é compreender de que forma se dá a associação entre estas variáveis e o estilo de vinculação, avaliado através da Escala de Vinculação do Adulto (EVA) e uma entrevista semiestruturada. A amostra é composta por 15 participantes, com uma idade média de 23 anos (M=23.53; DP=2.88). Os resultados gerados pela análise cruzada dos 3 instrumentos, parecem apontar para uma relação entre a ausência de respostas textura e o estilo de vinculação ou amedrontado ou desinvestido; relativamente às respostas de conteúdo humano, uma menor amplitude e frequência do número destas respostas, menos respostas consideradas positivas e mais respostas consideradas negativas, e menos respostas H puro e Good Human Responses (GHRs) para o grupo com estilos de vinculação inseguros, relativamente ao grupo com vinculação segura; e, finalmente, no que concerne às respostas com conteúdo oral, uma baixa frequência destas no grupo com estilo de vinculação desinvestido comparativamente aos outros estilos de vinculação inseguros. Concluindo, sublinha-se a importância da condução de investigação futura utilizando o TR sobre o tópico da vinculação, especialmente com participantes que revelem estilos de vinculação inseridos no espetro da insegurança. The Attachment Theory (AT) means the "propensity of human beings to establish strong affective bonds with others". The attachment system is active "from the cradle to the grave" and is associated with behaviours and thoughts related to the search for closeness in situations of need, aimed at others perceived as a source of support, comfort and security - the attachment figures. The nature of dynamic internal models of representation of the self and others is largely influenced by the quality of the first experiences between the child and the caregiver. The diversity of these experiences gives rise to the so-called attachment styles (secure, preoccupied, dismissing and fearful). Thus, these styles reveal themselves as an important framework for understanding the personality patterns that develop from the child-caregiver interaction, and which will, in turn, be reflected in the relationships of the person cared for in their adult life. There appear to be components of attachment that can be measured using the Rorschach Test (RT), a projective personality assessment test. The variables of this test that seem to be most significantly associated with AT constructs are texture, human content, and oral dependence responses. The main objective of this study is to understand how these variables are associated with attachment style, assessed using the Adult Attachment Scale and a semi-structured interview. The sample is composed of 15 participants, with a mean age of 23 years (M=23.53; SD=2.88). The results generated by the cross-analysis of the 3 instruments seem to point to a relationship between the absence of texture responses and the attachment style, either fearful or dismissing; regarding responses with human content, a lower amplitude and frequency of the number of these responses, fewer responses considered positive and more responses considered negative; fewer pure Human (H) responses and Good Human Responses (GHRs) for the group with insecure attachment styles, when compared to the group with secure attachment; and, finally, regarding responses with oral content, a low frequency of these in the group with dismissing attachment style compared to other insecure attachment styles. In conclusion, the importance of conducting future research using the Rorschach Test on the topic of attachment is underlined, especially with participants who reveal attachment styles within the spectrum of insecurity. |
Databáze: | Networked Digital Library of Theses & Dissertations |
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