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Estudos prévios sugerem uma estreita relação entre a psicopatia e o juízo moral. As escolhas morais envolvem fatores de aprendizagem, cognitivos, afetivos, e experiências pessoais, sendo que os traços de personalidade psicopática, em particular devido a défices emocionais, influenciam o juízo moral. Assim, a presente investigação testou as diferenças entre as facetas da teoria de triárquica da personalidade psicopática (Boldness, Disinhibition e Meanness) na sua relação com o juízomoral dos participantes (Utilitarista e Deontológico). Foi usada a Triarchic Psychopathy Measure (TriPM) e o conjunto de dilemas morais de Greene. Dos resultados achados na pesquisa sobressai uma associação positiva entre o nível de psicopatia e a preferência por juízos morais utilitários. Mais especificamente, pode-se inferir que o traço de personalidade psicopática Meanness é o que melhor consegue predizer um juízo moral de tipo utilitário em cenários de dilemas quer pessoais quer impessoais. Paralelamente, o traço Boldness é o segundo melhor preditor do juízo moral utilitarista e em dilemas morais pessoais, apesar de ser importante considerar que este resultado foi apenas marginalmente significativo. Por outro lado, nos Dilemas Morais Impessoais, a Disinhibition é o segundo traço que melhor pôde prever um juízo moral utilitarista nos Dilemas Morais Impessoais. Assim, revela-se um padrão diferencial do efeito das diferentes facetas da psicopatia consideradas pelo Modelo Triárquico no juízo moral. |