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A relação com o animal de estimação é uma importante fonte de afeto. Osbenefícios do contacto com animais estão amplamente estudados, inclusive naidade mais avançada. A entrada para uma instituição é uma das decisões maisdifíceis na vida de um idoso, envolvendo perdas e corte de laços, incluindo com oseu animal de estimação. O presente estudo procura contribuir para umacompreensão do papel do animal na vida do idoso e da sua (possível) integração,em estruturas residenciais para idosos. Foi realizado um estudo qualitativo e decarácter exploratório, com recurso a entrevistas semiestruturadas. Participaram 35indivíduos, de ambos os sexos, nomeadamente quinze idosos, onze técnicos enove colaboradores. Os participantes idosos, seis homens e nove mulheres têmidades compreendidas entre os 66 e os 98 anos (M = 80,06; DP = 10,04). O grupodos técnicos é constituído por 11 participantes, nove do sexo feminino e dois dosexo masculino, com idades compreendidas entre os 24 e os 63 anos (M = 36,75 eDP= 10,24). Os nove colaboradores são todos do sexo feminino e com idadescompreendidas entre os 22 e os 52 anos (M = 37,44 e DP= 10,99). Os resultadospermitem concluir que para o idoso, o animal é como um membro da família ou umamigo. As principais vantagens em ter um animal de estimação são a companhia,a segurança física e emocional. Relativamente às desvantagens destacam-se opossível comportamento agressivo do animal e a transmissão de doenças. Peranteuma eventual institucionalização, a maioria dos idosos manifesta vontade em levaro seu animal, contudo assume que as instituições não autorizam a entrada epermanência. Os profissionais reconhecem os benefícios da relação entre o idosoe o seu animal de estimação, no entanto revelam que as instituições não estãopreparadas para os receber conjuntamente. As questões de saúde, logísticas einternas constituem os principais entraves apontados. |