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O consumo de substâncias psicoativas em universitários e a sua relação com o sistema familiar tem vindo a ser âmbito de interesse em diversos estudos a nível nacional e internacional, quer de políticas de saúde pública, quer de serviços de saúde, de forma a dar respostas aos desafios no âmbito dos Comportamentos Aditivos e Dependências. Desta forma, a presente investigação pretende analisar a relação entre o consumo de substâncias psicoativas em universitários e a sua perceção do suporte familiar, e contribuir para possíveis planos estratégicos que possam revelar-se eficazes na prevenção. Para tal, foi constituída uma amostra de um grupo de alunos da Universidade do Porto (FPCEUP), e por grupo de alunos da Universidade do Minho (U. Minho), com uma média de idades de 20 anos (M=20,49; DP=4,12). Para a recolha dos dados recorreu-se à administração dos seguintes instrumentos adaptados à população portuguesa: Inventário de Perceção de Suporte Familiar (IPSF); Teste de Triagem do Envolvimento de Álcool, Tabaco e Outras Substância (ASSIST); e Escala de Coesão e de Flexibilidade Familiar (FACES III). Os resultados apresentam prevalências elevadas nos consumos do álcool 89,1%, do tabaco 55,2% e da cannabis 36,6%. Estes resultados apresentaram relações entre os consumos e o suporte, a coesão e a flexibilidade familiar. Encontrou-se correlações negativas entre o ASSIT e o IPSF. E, verificou-se ainda correlações positivas e negativas com o ASSIST e a FACES III. As prevalências de consumos de álcool, tabaco e cannabis nos universitários, incutem a necessidade da implementação de programas de intervenção familiares baseados na evidência científica de forma a prevenir os comportamentos aditivos validados como complexos e promover também as capacidades ao nível do funcionamento familiar. |
