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Esta tese estuda as alterações produzidas nas praças duras de Barcelona, cidade que por muitos é considerada "a Meca do skate". Ao longo das últimas décadas, milhares de skaters têm proliferado por todo o mundo, sendo que o fenómeno tem maior expressividade nas grandes cidades. Nelas os skaters, descritos por alguns como uma patologia urbana, acabam por fazer uso das mais diversas peças do mobiliário urbano, deslocando-se de um local a outro em cima da tábua, reclamando o direito à cidade, como o escreveu Lefebvre. O seu habitat preferido são as praças, e é nelas que se formam grandes comunidades. Esta atividade, que desafia a lógica de consumo do espaço, levou a que várias estratégias de controlo social fossem postas em prática, destruindo o património, lesando os praticantes e deteriorando as relações com o resto dos cidadãos. Recorrendo à observação participante, multi-situada, e à condução de 8 entrevistas semi-estruturadas o investigador procurou identificar e compreender de que formas é que os mecanismos do controlo social agiam, quais os seus efeitos, tanto nas praças como nos skaters. Por fim, o estudo demonstra de que forma é que os skaters resistem a esse controlo, não só através de formas explícitas, mas também de formas implícitas de viver o espaço. |