[en] ALGORITHMIC MODERATION AND DIGITAL SELF-DEFENSE: THE SELF-EXPOSURE OF INSTAGRAM FEMALE USERS AS RESISTANCE TO THE ALGORITHMIC GOVERNMENT OF CONDUCT

Autor: CAROLINA BOUCHARDET DIAS
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Druh dokumentu: TEXTO
DOI: 10.17771/PUCRio.acad.60065
Popis: [pt] Com o crescente emprego de inteligência artificial na moderação de conteúdo do Instagram, a empresa é cada vez mais criticada pelos efeitos discriminatórios de seus sistemas algorítmicos, que parecem revelar uma hierarquia de humanidades dentro da rede social. Ainda que a autoexposição dos usuários seja a fonte primária de dados usados pelo Instagram em sua geração de lucros, alguns corpos detêm plena e irrestrita visibilidade enquanto outros são desproporcionalmente ocultados pela moderação automatizada. A moderação algorítmica na rede social integra um novo tipo de governo das condutas, baseado em dados e correlações estatísticas, que assume traços específicos com relação a usuárias mulheres. Trata-se de um poder que, ocultado sob discursos tecnoutópicos e corporativistas do Instagram, não se reconhece como poder e se torna mais dificilmente detectável. Existe, contudo, a possibilidade de resistência a tal governo das condutas. Enquanto grande parte dos trabalhos acadêmicos sobre resistência online é focada na resistência ora a violências interpessoais entre usuários ora a práticas e discursos sexistas, é escassa a literatura sobre a resistência ao poder dos sistemas algorítmicos de moderação de conteúdo. Esta pesquisa pretende contribuir com o debate sobre o tema, explorando como técnica de resistência ou autodefesa digital, a autoexposição das usuárias do Instagram voltada à denúncia do poder algorítmico da rede social, em especial aos silenciamentos e discriminações por ele perpetuados.
[en] With the increasing use of artificial intelligence in Instagram s content moderation, the company is increasingly criticized for the discriminatory effects of its algorithmic systems, which seem to reveal a hierarchy of humanities within the social network. Even though users self-exposure is the primary source of data used by Instagram in its profit generation, some bodies hold full and unrestricted visibility while others are disproportionately hidden by automated moderation. Algorithmic moderation on the social network integrates a new kind of government of conducts, based on data and statistical correlations, that takes on specific traits with regard to female users. This is a power that, hidden under Instagram s technoutopian and corporatist discourses, does not recognize itself as power and becomes more difficult to detect. There is, however, the possibility of resistance to such government of conduct. While much of the academic work on online resistance is focused on resistance either to interpersonal violence between users or to sexist practices and discourses, the literature on resistance to the power of algorithmic content moderation systems is scarce. This research intends to contribute to the debate on the theme, exploring as a resistance technique or digital selfdefense, the self-exposure of female Instagram users aimed at denouncing the algorithmic power of the social network, especially the silences and discriminations perpetuated by it.
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