[pt] O CONCEITO DE RIQUEZA NA FILOSOFIA DE THOMAS HOBBES

Autor: ALVARO LAZZAROTTO DE ALMEIDA
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
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Druh dokumentu: TEXTO
DOI: 10.17771/PUCRio.acad.46439
Popis: [pt] Thomas Hobbes, ao enunciar, no Leviatã, que a riqueza e prosperidade de todos os membros individuais são a força da república, toma o termo riqueza sob dois sentidos distintos: o de uma coleção de bens — sentido substantivo — e o de poder de obtenção de bens futuros — sentido transitivo. Embora o último, ao longo dos séculos desde Hobbes, tenha-se eclipsado pelo primeiro, a importância fundamental do conceito de crédito no jogo das trocas sociais aponta que uma análise da riqueza que enfatize seu caráter transitivo, em sua relação com a expectativa quanto ao tempo futuro, é necessária para que se possa entender, em toda a sua complexidade, a atribuição de valor aos bens, bem como para realinhar a análise econômica à finalidade da Política. A riqueza, enquanto signo de expressão do poder, refaz, assim, o entendimento da ideia de pobreza, que deixa de denotar essencialmente um estado de escassez material, para ser entendido sobretudo como estado de miséria e servidão.
[en] Thomas Hobbes, when enunciating, in Leviathan, that wealth and riches of all the particular members are the strenght of the Commonwealth, takes the term riches in two distinct senses: that of a collection of goods — a substantive sense — and that of power of obtaining future goods — a transitive sense. Although the latter, over the centuries since Hobbes, has been eclipsed by the former, the fundamental importance of the concept of credit in the dynamic of social exchanges points out that an analysis of riches that emphasizes their transitive character, its relation to the expectation of future time, is necessary in order to understand, in all its complexity, the attribution of value to the goods, as well as to realign the economic analysis to the purpose of the Policy. Riches, as signs of power expression, transform, thus, the understanding of the concept of poverty, which ceases to denote essentially a state of material scarcity, to be understood above all as a state of misery and servitude.
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