[en] GENERATION Y AND INDIVIDUALISM: CONSUMER PERCEPTIONS AND ADAPTABILITY IN THE FACE OF SOCIAL CHANGES
Autor: | MARIA PAULA RODARTE COSTA VALENTE |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2011 |
Předmět: | |
Druh dokumentu: | TEXTO |
DOI: | 10.17771/PUCRio.acad.18194 |
Popis: | [pt] Embora muito se fale hoje a respeito da Geração Y, estudos acadêmicos voltados para esses consumidores ainda são escassos no Brasil. Descritos, em geral, como sendo individualistas, tecnológicos e tolerantes à diversidade, suas características ainda geram controvérsia, desde o período de nascimento – para alguns, a partir de 1977; para outros, a partir de 1985 – até seu comportamento – uns descrevem-nos como bem comportados, trabalhadores em equipe e moralistas (Howe e Strauss, 2000); outros como egocêntricos, superficiais e rebeldes (Twenge, 2006). Por outro lado, a questão do individualismo na sociedade brasileira ainda é cercada de incertezas, uma vez que a maioria dos estudos acadêmicos, voltada predominantemente para a América do Norte, Europa e Ásia (Gouveia, 2002), cria uma quase dicotomia entre sociedades individualistas e coletivistas, a partir de características de americanos/europeus e asiáticos. Esse trabalho, com base em entrevistas qualitativas conduzidas junto a jovens de classe AB residentes em uma grande cidade brasileira e com idades entre 23 e 34 anos, avalia seu comportamento e sua percepção em relação à sociedade na qual estão inseridos. Voltado para a investigação de aspectos do individualismo, tais como relação interpessoal (instabilidade das relações, pequenos e grandes grupos, família), competitividade (formação acadêmica, introdução ao mundo profissional, pressões por sucesso) e hedonismo (imediatismo, preocupação com a beleza, instabilidade nas escolhas) e permeando características como forma de comunicação (redes sociais, celulares, mensagens de texto), diversidade (homossexualismo, internacionalidade, tribos) e consumo (consumismo, status), tem-se um panorama dos valores desses jovens brasileiros, que percebem a invasão do individualismo no seu dia-a-dia e não só se adaptam a ele de formas variadas, mas desenvolvem diferentes níveis de questionamento em relação ao tema. Foram observados no individualismo brasileiro aspectos híbridos que o diferenciam tanto do estilo norte-americano como do asiático, uma vez que, embora a competitividade, a superficialidade nos relacionamentos e a busca por status sejam uma percepção quase unânime, a necessidade de estabelecer laços, o incômodo decorrente da pressão por status e a falta de introspecção geram insatisfação, ansiedade e, muitas vezes, diferentes formas de se relacionar e de definir o que é verdadeiramente sucesso. Do ponto de vista de marketing, como essa investigação não se limita ao estudo da Geração Y, mas inclui a forma como o individualismo é percebido e absorvido por esse grupo, proporciona-se melhor direcionamento para o desenvolvimento de produtos e a elaboração de campanhas. Exemplo disso é o comercial de uma seguradora de saúde: você não precisa ser linda, ter um casamento maravilhoso e uma casa de revista para ser feliz, citado espontaneamente por mais de um entrevistado. Uma vez que, como pontua Triandis (2002), a tendência a sociedades individualistas é inevitável diante da maior complexidade do ambiente, o momento de ascensão do Brasil demanda maior compreensão desses aspectos para que as empresas possam usufruir de uma relação próxima e prazerosa junto a esses consumidores conectados e ansiosos por identidade. [en] Although much is said today about Generation Y, academic studies aimed at these consumers are still scarce in Brazil. Described generally as being individualistic, technological and opened to diversity, their characteristics are still source of controversy, from the time of birth - for some, 1977; for others, 1985 - until their behavior - some describe them as being well behaved, team workers and moralists (Howe and Strauss, 2000); others as selfish, superficial and rebels (Twenge, 2006). On the other hand, the issue of individualism in Brazilian society is still surrounded by uncertainty, since the majority of academic studies, focused mainly to North America, Europe and Asia (Gouveia, 2002), creates an almost dichotomy between individualistic and collectives societies based on features of American/European and Asian countries. This work, based on qualitative interviews conducted with AB class young people residents in a large Brazilian city, with ages between 23 and 34 years, assesses their behavior and their perception of the society in which they belong. Focusing on research aspects of individualism, interpersonal relationship (relationship instability, in and out-groups, family), competitiveness (academic, professional life beginning, pressures for success) and hedonism (immediacy, worries with beauty, instability of choices) and permeating characteristics such as means of communication (social networking, cell phones, text messaging), diversity (homosexuality, internationality, tribes) and consumption (consumerism, status), this study draws a value landscape of these young Brazilians, who sense the invasion of individualism in their daily life and not just adapt to it in different ways, but develop different levels of questioning the issue. Hybrid aspects perceived in Brazilian individualism differentiate it from both the North American and Asian styles, since, although competitiveness, superficiality in relationships and the quest for status are an almost unanimous perception, the need to establish bonds, the unpleasantness caused by pressure for status and the lack of self-examination generate dissatisfaction, anxiety and, often, diverse ways to relate and define what success truly is. From the standpoint of marketing, as the research is not limited to the study of Generation Y but also includes how individualism is perceived and absorbed by this group, it provides greater guidance to product development and communication campaigns. One example is the advertising of a health insurer: You need not to be beautiful, have a marvelous marriage and a house out from magazine to be happy, mentioned spontaneously by more than one respondent. Since, as points out Triandis (2002), the tendency to individualistic societies is inevitable in complexity increasing environments, Brazilian improving moment demands greater understanding of these issues, so companies can enjoy a close and pleasurable relationship among these connected and eager for identity consumers. |
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