[pt] A DISPUTA PELAS PALAVRAS MATRIMÔNIO E CASAMENTO

Autor: BRUNO ANTONIO BIMBI
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2011
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Druh dokumentu: TEXTO
DOI: 10.17771/PUCRio.acad.17351
Popis: [pt] Este trabalho investiga a disputa pelas palavras matrimônio e casamento no debate legislativo sobre os direitos civis dos casais homossexuais na Espanha, em Portugal e na Argentina. Partindo-se de uma visão da linguagem como práxis, ou, em termos wittgensteinianos, como forma de vida, constrói-se uma reflexão sobre discursos favoráveis e contrários ao uso dessas palavras no âmbito do debate jurídico-político acontecido nos três países citados. Mais especificamente, analisam-se transcrições documentais de sessões legislativas que tiveram esse assunto como pauta, levando-se em conta também a sua repercussão na mídia. O estudo aponta particularidades relativas ao que se deu em cada país, salientando, no entanto, as seguintes tendências gerais convergentes: (a) o eixo das argumentações mobiliza em grande parte a questão da correção ou incorreção das palavras em foco, com apelo frequente a argumentos linguísticos, sobretudo de natureza etimológica e lexicográfica; (b) no campo etimológico, o debate parece reencenar, surpreendentemente, a antiquíssima controvérsia sobre a justeza dos nomes contida no Crátilo de Platão; e (c) os argumentos de ambas as partes são frequentemente vacilantes e inconsistentes: dão a ver a força de raciocínios representacionistas e essencialistas na esfera pública, mas indicam também um reconhecimento tácito da força político-performativa da linguagem.
[es] Este trabajo investiga la disputa por las palabras matrimonio y casamiento en el debate legislativo sobre los derechos civiles de las parejas homosexuales en España, Portugal y Argentina. Partiendo de una visión del lenguaje como praxis, o, en términos wittgenstanianos, como forma de vida, se construye una reflexión sobre discursos favorables y contrarios al uso de esas palabras en el ámbito del debate jurídico-político acontecido en los tres países citados. Más específicamente, se analizan las transcripciones documentales de sesiones legislativas que tuvieron este asunto en el orden del día, teniendo en cuenta también su repercusión en los medios. El estudio señala las particularidades de lo sucedido en cada país, subrayando, sin embargo, las siguientes tendencias generales convergentes: a) el eje de las argumentaciones movilizó en gran parte la cuestión de la corrección o incorrección de las palabras mencionadas, apelando frecuentemente a argumentos lingüísticos, sobre todo de naturaleza etimológica y lexicográfica; b) en el campo etimológico, el debate parecía traer de nuevo a escena, sorprendentemente, la antiquísima controversia sobre la justeza de los nombres contenida en el diálogo Crátilo de Platón; c) los argumentos de ambas partes eran frecuentemente vacilantes e inconsistentes: mostraban la fuerza de los razonamientos representacionistas y esencialistas en la esfera pública, pero indicaban también un reconocimiento tácito de la fuerza político-performativa del lenguaje.
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