Efeitos de um programa de treino de força em parâmetros neuromusculares de idosos com diabetes mellitus tipo 2 : um ensaio clínico randomizado
Autor: | Botton, Cíntia Ehlers |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSUniversidade Federal do Rio Grande do SulUFRGS. |
Druh dokumentu: | Doctoral Thesis |
Popis: | Contexto: O exercício físico faz parte do tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doença que possui maior prevalência na população idosa. Maior foco tem sido dado ao efeito do treinamento de força no controle glicêmico, sendo que menor número de estudos tem como desfecho primário parâmetros neuromusculares, em idosos com DM2. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de treino de força nos parâmetros neuromusculares de idosos com DM2, em relação à um grupo controle. Delineamento: ensaio clínico randomizado, com dois grupos, intervenção (GI) e controle (GC). Métodos: Quarenta e quatro participantes foram alocados nos dois grupos: GI (n=22), que realizou treinamento de força três vezes por semana, durante 12 semanas; GC (n=22), que realizou uma sessão semanal de alongamento, durante 12 semanas. O treinamento de força foi composto por 11 exercícios, com 2-3 séries de 12-10 repetições e intensidade de 15 a 12 repetições máximas. O desfecho primário do estudo foi a qualidade muscular, por tensão específica e eco intensidade, que foi avaliada antes e após as 12 semanas, assim como os demais desfechos secundários. Os dados foram análises tanto pela intenção de tratar (ITT), como pela análise por protocolo (PP), baseado em 70% ou mais de comparecimento as seções. As comparações foram realizadas com Equação de Estimação Generalizadas e ANOVA de duas vias com medidas repetidas, para as análises ITT e PP, respectivamente. Resultados: Não houve modificação (p≥0,05) da qualidade muscular avaliada por eco intensidade ou por tensão específica, no GI e GC, para ambas as análises. Foram encontradas melhorias (p≤0,05) na força máxima dinâmica para o GI e GC na análise ITT e apenas para o GI na análise PP. Não foi encontrada diferença (p≥0,05) na força máxima isométrica, no GI e GC, em ambas as análises. Na análise ITT não foram encontradas melhorias (p≥0,05) no desempenho dos testes funcionais, para ambos os grupos, enquanto na análise PP houve redução (p≤0,05) no tempo de realização do teste timed up and go e subir escada no GC, e nos testes de sentar e levantar da cadeira e subir escada para o GI. Para a espessura muscular do quadríceps femoral houve aumento (p≤0,05) dos valores para o GI, mas não para o GC, em ambas as análises. Em relação a gordura visceral, não houve modificação dos valores em ambos os grupos com a análise ITT, mas houve redução (p≤0,05) com a análise PP, para os dois grupos. Os valores de hemoglobina glicada reduziram para o GI e aumentaram (p≤0,05) para o GC na análise PP, mas não foram encontradas diferenças (p≥0,05) para a análise ITT. Redução (p≤0,05) dos níveis de triglicerídeos foi encontrada para o GI, mas não para o GC, em ambas as análises. Conclusões: o programa de treino de força proposto no presente estudo foi capaz de melhorar a força dinâmica e a espessura muscular de idosos com DM2 no período de 12 semanas, mas não causou modificações significativas na qualidade muscular durante esse período, mostrando que para alguns parâmetros neuromusculares talvez seja necessário período maior de treinamento nessa população. Context: Physical exercise is a cornerstone of diabetes mellitus type 2 (DM2) treatment, a disease that has a higher prevalence in the elderly population. Greater focus has been given to the effects of strength training on glycemic control, and a lower number of studies has investigated neuromuscular parameters as a primary endpoint in elderly with DM2. Objective: To evaluate the effects of a strength training program on the neuromuscular parameters of elderly patients with DM2, in relation to a control group. Design: Randomized clinical trial with intervention (GI) and control (CG) groups. Methods: Forty-four participants were randomized to both groups: GI (n= 22), which underwent strength training three times a week for 12 weeks, and GC (n = 22), which performed a weekly stretching session for 12 weeks. Strength training was composed of 11 exercises, with 2-3 sets of 12-10 repetitions and was set the intensity of 15 to 12 maximal repetitions. The primary outcome of the study was muscle quality measured by specific tension and eco intensity, evaluated before and after 12 weeks, as well as the other secondary outcomes. Data was analyzed by both, intention-to-treat (ITT) and per protocol (PP) analysis (based on 70% or more attendance sections). The comparisons were performed with Generalized Estimation Equation and two-way ANOVA with repeated measurements for ITT and PP analyzes, respectively. Results: No change (p≥0.05) in muscle quality assessed by echo intensity or by specific tension were found in GI and GC, in both analyzes. Increase (p≤0.05) in maximum dynamic strength was found for GI and GC in ITT analyze, but only for GI in PP analyze. No difference in maximum isometric force (p≥0.05) was found for GI and GC in both analysis. In the ITT analysis, there were no improvements (p≥0.05) in functional tests performance in both groups, whereas in the PP analysis reduction (p≤0.05) was found in the timed up and go and climb stairs tests in the GC, and in the sit to stand and climb stairs tests in the GI. Quadriceps femoris muscle thickness increased (p≤0.05) in GI in both analyzes, but not for GC. No difference was found for visceral fat, in both groups in the ITT analysis, but there was a reduction (p≤0.05) in the PP analysis for both groups, with no difference between groups. Glycated hemoglobin values was reduced (p≤0.05) in GI and significantly increased in GC in PP analysis, but no differences were found in ITT. Reduction (p≤0.05) in triglyceride levels was found in GI, but not in GC, in both analyzes. Conclusions: The strength training program used in this study was able to improve dynamic strength and muscle thickness of elderly patients with DM2 in the 12-week period, but it was not able to induce significant changes in muscle quality, indicating that for some neuromuscular parameters it may be required a longer period of training for this population. |
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