Percepção de profissionais de enfermagem frente à cultura de segurança do paciente em instituições de alta complexidade

Autor: Desirée Zago Sanchis
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELUniversidade Estadual de LondrinaUEL.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: A cultura de segurança nas instituições de saúde é aquela em que cada profissional reconhece suas responsabilidades frente à segurança do paciente e procura contribuir para melhoria na qualidade do cuidado. As organizações necessitam de culturas únicas, com fusão de valores, crenças e comportamentos que determinem a forma de seu funcionamento. Objetivo: Analisar a percepção dos profissionais de enfermagem acerca das dimensões da cultura de segurança do paciente em instituições de alta complexidade. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e com abordagem quantitativa. A população de estudo foi constituída por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuavam na assistência direta ao paciente, em três instituições de alta complexidade. A fim de avaliar a cultura de segurança do paciente, foi utilizado o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSPSC), de 2004. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2017, por meio de abordagem individual. Foi realizada análise descritiva, com uso de frequências absolutas e relativas. A cultura de segurança foi avaliada utilizando o cálculo dos percentuais de respostas positivas para cada dimensão do instrumento, à partir do cálculo dos percentuais foram atribuídas categorias, com a seguinte classificação: áreas consideradas fortalecidas (≥ 75,0% de respostas positivas), áreas com potencial de melhoria (50,0%), e áreas enfraquecidas/fragilizadas (≤ 50,0%). Além disto, foi utilizando a análise de associação, por meio da regressão de Poisson com cálculo da Razão de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança 95% (IC 95%). Para análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Participaram do estudo 587 indivíduos, 42,8% eram enfermeiros e 57,2% técnicos ou auxiliares de enfermagem. A taxa de resposta atingiu 75,8% da população alvo. A maioria dos respondentes era do sexo feminino (88,4%), tinham entre 20 e 39 anos (60,8%), atuava na instituição há menos de cinco anos (57,8%) e não possuía outro vínculo de trabalho (79,2%). As dimensões caracterizadas como enfraquecidas nas instituições, foram: ‘’Apoio da gestão hospitalar para segurança do paciente’’ (48,5%), ‘’Percepções generalizadas sobre a segurança do paciente’’ (45,5%), ‘’Transferências internas e passagens de plantão’’(40,9%), ‘’Adequação de profissionais’’ (37,8%), ‘’Trabalho em equipe entre as unidades hospitalares’’ (37,0%), ‘’Abertura para as comunicações’’ (29,5%) e ‘’Respostas não punitivas aos erros’’ (18,8%). Sobre os indicadores de segurança do paciente, 52,5% dos profissionais consideraram a segurança do paciente como excelente ou muito boa, e 58,5% dos enfermeiros não notificaram ao menos um evento adverso em doze meses. Quanto aos fatores associados à percepção negativa, os profissionais que atuavam em unidades semicríticas do hospital 1 avaliaram negativamente com maior frequência a dimensão ‘’abertura para as comunicações’’ – RP: 1,246 (IC 95%: 1,007-1,540, p=0,042). Para a dimensão ‘’respostas não punitivas aos erros’’, os participantes do hospital 1 com mais de seis anos de atuação avaliaram negativamente com maior frequência quando comparados aos participantes com menos de seis anos – RP: 1,076 (IC 95%: 1,002-1,155, p=0,043). Ainda sobre a dimensão ‘’respostas não punitivas aos erros’’, os profissionais que atuavam em unidades semicríticas avaliaram negativamente com maior frequência quando comparados aos que atuavam em unidades críticas – RP: 1,639 (IC 95%: 1,282-2,096, p
The culture of safety in health institutions is one in which each professional recognizes their responsibilities towards patient safety and seeks to contribute to an improvement in the quality of care. Organizations need unique cultures, with a fusion of values, beliefs and behaviors that determine how they work. Objective: To analyze the perception of nursing professionals about the dimensions of the patient's safety culture in highly complex institutions. Methods: It is a descriptive, cross-sectional study with a quantitative approach. The study population consisted of nurses, technicians and nursing assistants who worked in the direct assistance to the patient, in three institutions of high complexity. In order to evaluate the safety culture of the patient, the Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSPSC) questionnaire of 2004 was used. The data collection took place between February and April 2017, through an individual approach. Descriptive analysis was performed using absolute and relative frequencies. The safety culture was evaluated using the percentages of positive responses for each dimension of the instrument used, from the calculation of the percentages were assigned categories, with the following classification: areas considered strengthened (≥ 75.0% positive responses), areas with potential for improvement ( 50.0%) and weakened / weakened areas (≤ 50.0%). In addition, we used association analysis, using Poisson regression with a Prevalence Ratio (PR) and 95% Confidence Interval (95% CI). To analyze the data, we used the, Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Results: 587 individuals participated in the study, 42.8% were nurses and 57.2% were technicians or nursing assistants. The response rate reached 75.8% of the target population. Most of the respondents were female (88.4%), were between 20 and 39 years old (60.8%), had been in the institution for less than five years (57.8%) and had no other work link (79.2%). The dimensions characterized as weakened in the institutions were: ''Hospital management support for patient safety'' (48.5%), ''Generalized perceptions about patient safety’’ (45.5%), ''Transfers’’ (37.8%), ''Teamwork among hospital units'' (37.0%), ''Openness to employees'' (40.9%), ''Adequacy of professionals'' the communications "(29.5%) and "Non-punitive responses to errors" (18.8%). Regarding patient safety indicators, 52.5% of the professionals considered the safety of the patient to be excellent or very good, and 58.5% of the nurses did not report at least one adverse event in twelve months. As for factors associated with negative perception, professionals working in semicritical units of hospital 1 had a higher negative impact on the "openness to communications" dimension - PR: 1,246 (95% CI: 1.007 to 1.540, p = 0.042). For the ‘’non-punitive responses to errors’’ dimension, participants from hospital 1 with more than six years of service evaluated more frequently when compared to participants less than six years old - RP: 1.076 (95% CI: 1.002- 1.155, p = 0.043). Still on the "non-punitive responses to errors" dimension, professionals working in semicritical units evaluated more frequently when compared to those working in critical units - RP: 1,639 (95% CI: 1.282-2.096, p
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