Análise dos padrões de deslocamento de jogadores de tênis de diferentes categorias durante jogos oficiais

Autor: Tiago Julio Costa Pereira
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2016
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELUniversidade Estadual de LondrinaUEL.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: O objetivo do presente estudo foi analisar os padrões de coordenação entre tenistas de diferentes categorias durante os deslocamentos medio-laterais e ântero-posteriores realizados ao longo dos rallies. Para isso foram registradas imagens de 14 jogos por meio de 2 câmeras digitais com frequência de aquisição de 30 Hz, sendo 5 jogos de uma competição de nível mundial juvenil, 4 jogos de nível profissional de um torneio ATP-Future e 5 jogos de nível profissional de um torneio ATP-250. As informações de posição dos jogadores foram obtidas através do sistema de rastreamento automático DVideo. Os padrões de coordenação interpessoal dos deslocamentos de 30 jogadores foram analisados através da técnica do vector coding. Os padrões de coordenação foram classificados em quatro categorias diferentes: (1) anti fase, (2) em fase, (3) fase do jogador que está sacando, e (4) fase do jogador que está devolvendo. Em um primeiro estudo, foram analisados os padrões de coordenação interpessoal dos jogadores dos deslocamentos realizados em ambas as direções. A técnica do vector coding permitiu identificar duas novas interações nunca antes reportadas (fase do sacador e a fase do devolvedor). A fase do sacador significa que o jogador que sacou lidera a série temporal de deslocamento, ou seja, está se deslocando primeiro, enquanto o devolvedor se desloca tardiamente ou permanece parado. Já a fase do devolvedor indica que o jogador que devolveu o saque está se deslocando, enquanto seu adversário se desloca tardiamente ou permanece parado. Os padrões de coordenação mais frequentes durante os deslocamento médio- laterais foram “anti fase” e “fase do devolvedor” e durante os deslocamentos ântero-posteriores foi a “fase do sacador”. Os jogadores juvenis apresentaram maior fase do sacador durante os deslocamentos médio-laterais. Por outro lado, os jogadores profissionais apresentaram maior fase do devolvedor. A análise espectral mostrou que jogadores profissionais (competição ATP-Future) se deslocam com maior frequência do que as outras duas categorias. Os padrões de coordenação e a dinâmica de movimentação dos jogadores não se alteraram do primeiro para o segundo set. No segundo estudo, especificamente, buscou-se analisar: (1) se jogadores de diferentes níveis de competição apresentam diferentes padrões de coordenação interpessoal quando iniciam a disputa do ponto com o primeiro e com o segundo saque; (2) se jogadores de diferentes níveis de competição apresentam diferentes padrões de coordenação quando o rally termina devido a uma ação indefensável ou um erro; (3) com qual frequência jogadores de diferentes categorias trocam de padrão de coordenação durante os rallies. Os resultados mostraram que não existe diferença nos padrões de coordenação para os rallies que se iniciaram com o primeiro e o segundo saque, independente da categoria. No entanto, foi verificado que, para todas as categorias, os jogadores apresentaram maior permanência no padrão “anti fase” quando o desfecho do rally foi um erro. Por fim, não foram verificadas diferenças na quantidade de trocas de padrão de coordenação durante os rallies das três categorias. Os dados analisados nos presentes estudos permitiram melhor compreender a forma como jogadores de tênis de diferentes categorias se deslocam em quadra e fornecem maiores subsídios para que técnicos consigam preparar seus jogadores de acordo com a demanda tática específica de cada categoria. Além disso, conhecer as exigências táticas das três principais categorias pode auxiliar técnicos e treinadores no processo de transição entre elas.
The purpose of this study was to analyze the interpersonal coordination of tennis players during lateral and antero – posterior displacements of official matches from different categories. For that, 14 matches were recorded using two digital cameras with acquisition frequency of 30 Hz, five matches of a youth worldwide competition, four matches of a professional tournament ATP-Future and five of a professional tournament ATP-250. Players trajectories were obtained using the automatic tracking system DVideo. The patterns of interpersonal coordination of 28 player’s displacements were analyzed by the vector coding technique. The coordination patterns were classified into four different categories: (1) anti phase (2) in phase, (3) service player phase, and (4) returning player phase. In a first study, interpersonal coordination patterns were analyzed for the displacements performed in both directions (lateral and antero-posterior), separately. Vector coding technique allowed identifying two new interactions never reported previously (service player phase and returning player phase). The service player phase means that the player who performed the serve leads the time series of displacement, (e.g., the first is moving first while the returner moves late or remains stopped. However, returning player phase indicates that the player who returned the serve is moving, while his opponent is late or is stopped. "Anti phase" and "returning player phase" were the most frequent coordination patterns during lateral displacement, while during anterior-posterior displacement was the "service player phase". Youth players showed bigger permanency on service player phase, compared to professionals. On the other hand, professional players showed greater phase returning player phase. Spectral analysis showed that professional players (Future-ATP competition) move more in a higher frequency than the other two categories. Coordination patterns and the dynamics of movement of the players have not changed from the first to the second set. In the second study, specifically, we analyzed: (1) if players of different categoriess have different patterns of interpersonal coordination when they start the rally with the first and the second serve; (2) if players of different categories have different coordination patterns when the rally ends due to an winner action or an error; (3) how often players of different categories shift of pattern of coordination during the rallies. The results showed no difference in coordination patterns for rallies which began with the first and second serve, independently of the category. However, it was found that, for all categories, players showed bigger permanency on "anti phase" when the rally's outcome was an error. Finally, differences were not found in the quantity of coordination patterns exchanges during the rallies of the three categories. The data analyzed in the present study allowed a better understanding of how tennis players of different categories move on the court and provide information that can help coaches to prepare their players according to the specific tactical demands of each category. Furthermore, knowing the tactical requirements of the three main categories can help coaches and trainers in the transition among them.
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