Utilização da imunização passiva com anticorpos anti-Streptococcus agalactiae na proteção de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)

Autor: Leticia Carandina
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2013
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELUniversidade Estadual de LondrinaUEL.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: A piscicultura é uma atividade em amplo crescimento em todo mundo. O Brasil destaca-se nesta atividade pelo seu vasto território e condições climáticas favoráveis para o cultivo de peixes. A tilápia é uma das principais espécies cultivadas no Brasil, pois apresenta diversas qualidades, o que estimula o desenvolvimento de sistemas intensivo de criação, caracterizado por altas densidades de estocagem e práticas de manejo constantes, causando estresse aos peixes e propiciando o desenvolvimento de doenças. As maiores perdas econômicas na criação de tilápias são causadas por doenças de origem bacteriana, entre elas a estreptococose, tendo como principal forma de tratamento, o uso de antimicrobianos. Entretanto, o uso indevido destes quimioterápicos pode levar a seleção de bactérias resistentes, além do impacto ambiental pela contaminação de corpos hídricos. Métodos profiláticos tornam-se uma importante ferramenta para o controle da estreptococose e surgem como alternativa ao uso dos antimicrobianos. Diferentes vacinas inativadas foram desenvolvidas para uso comercial em diversos países, incluindo o Brasil, com a utilização de uma vacina contra Streptococcus agalactiae. Além das vacinas, estudos sobre a imunização passiva estão sendo realizados e vem demonstrando eficiência na proteção contra diferentes bactérias. O objetivo deste trabalho foi avaliar a transferência passiva de anticorpos anti- S. agalactiae em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus). Para isto, 36 tilápias foram distribuídas em quatro aquários, sendo dois para o grupo controle e dois para inoculação intraperitoneal (i.p.) da DL 50 para produção de anticorpos anti- S. agalactiae. No 21° e 28° dia foi coletado sangue para obtenção do soro hiperimune utilizado na transferência passiva. Em seguida, 30 tilápias foram distribuídas em três aquários e submetidas a três tratamentos (GI: controle; GII: imunizada i.p. com o soro hiperimune- inativado; GIII: imunizada i.p. com o soro hiperimune não- inativado). Após 48 horas e sete, 14, 21, 28 e 35 dias foram realizadas coletas de sangue para titulação de anticorpos anti- S. agalactiae utilizando o teste de aglutinação direta. Para avaliar a sobrevivência outras 30 tilápias foram distribuídas em três aquários e submetidas a três tratamentos (GI: controle; GII: imunizada i.p. com o soro hiperimune- inativado; GIII: imunizada i.p. com o soro hiperimune não- inativado). Após 48 horas da inoculação, as tilápias foram desafiadas i.p. com S. agalactiae e monitoradas duas vezes ao dia, por um período de 35 dias, para acompanhar a mortalidade. Os resultados deste trabalho mostraram que os títulos séricos de anticorpos foram detectados pela aglutinação direta até o 21° dia póstransfer ência passiva, e neste mesmo período houve uma proteção de 80% entre os grupos imunizados com soro- inativado e soro não- inativado contendo anticorpos anti- S. agalactiae, após desafio com S. agalactiae. Ao final do experimento, o grupos soroinativado e soro não- inativado apresentaram 60 e 80% de proteção, respectivamente, enquanto que no grupo controle a mortalidade foi de 100%.
Pisciculture is an activity in broad growth in the world and Brazil stands for it wide territory and favorable weather conditions for fish farming. Tilapia is one of the major cultivates species in Brazil for showing several qualities, stimulating the development of intensive growth systems, characterized by high densities of storage and constantly handling causing stress to fishes leading to occurrence of diseases. The biggest economic losses in tilapia farming are cause for bacterial diseases like streptococcosis, which is mostly treated using antimicrobials. However, the undue use of chemotherapics leads to development of resistant bacteria besides the environmental impact through water contamination. Prophylactic methods become an important tool for controlling streptococcosis and rises as an alternative to the use of antimicrobials. Different inactivated vaccines were developed for commercial use in several countries, including Brazil with the use of a vaccine against Streptococcus agalactiae. Beyond vaccines, studies about passive immunization are being realized and have demonstrated efficiency in protection against different bacteria. The aim of this work was to evaluate the passive transference of anti- S. agalactiae antibodies in Nile tilapias (Oreochromis niloticus). For this, 36 tilapias were distributed in four aquariums, two for the control group and two for the group intraperitoneally inoculated (i.p.) with the DL 50 for anti- S. agalactiae antibodies production. On the 21° and 28° day blood was collected for the obtainment of hiperimmune serum used in passive transference. Then, 30 tilapias were distributed in three aquariums and submitted to three treatments (GI: control; GII: i.p. immunized with inactivated- hiperimmune serum; GIII: i.p. immunized with noninactivated hiperimmune serum). After 48 hours and seven, 14, 21, 28 and 35 days there were realized blood collections for anti- S. agalactiae antibodies titration using the direct agglutination test. For survival evaluation 30 others tilapias were distributed in three aquariums and submitted to three treatments (GI: control; GII: i.p. immunized with inactivated- hiperimmune serum; GIII: i.p. immunized with non- inactivated hiperimmune serum). After 48 hours of inoculation tilapias were i.p. challenged with S. agalactiae and monitored twice a day for a 35 days period to following the mortality. The results showed that serum titers where detected by direct agglutination until the 21th day after passive transference and during the same period the protection between the groups immunized with inactivated serum and non- inactivated serum contending anti- S. agalactiae antibodies was of 80% after challenge with S. agalactiae. At the end of the experiment, the inactivated serum and non- inactivated serum groups showed 60 and 80% of protection, respectively, while in the control group the mortality was of 100%.
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