Caetano de Almeida: injunções da alegoria na arte contemporânea
Autor: | Gemin, Deborah Alice Bruel |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2008 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESCUniversidade do Estado de Santa CatarinaUDESC. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Made available in DSpace on 2016-12-08T16:19:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DEBORAH.pdf: 2054685 bytes, checksum: 86c1cfff0a2428d9de6939603fea9109 (MD5) Previous issue date: 2008-07-18 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The reappearing of the debate about allegory in the contemporary art may be faced as the return of a reiterated question, although already announced by Walter Benjamin, since then little advanced. In this sense, the artistic production of Caetano de Almeida, in dialogue with other artists` works and theoretical texts, allows that a problematic pertinent to Art History, Theory and Critics, modernizing it, especially in what refers to the nature of image in its relation to temporality. In the more conventional way, a definition of allegory comes such from the philosophy of Plato as from literature, being considered as a figure of speech where is possible to say one thing through another. In art, this is about a notion, attribute or possibility of the work to say another thing to beyond itself, it means, the allegory appears as a resource destined to surpass what presents as the most visible or immediate. To problematize this concept to beyond a simple definition is constituted in a way of proaching the artistic image, not only as what is looked, but also as something that looks and makes to think beyond its evident visibility. This about less proposing axioms and more discussing its reverberations and rebuts, especially onsidering three aspects: the anachrony, the duplication and the visuality. The first one discusses the assembly as procedure present in the works of the series Mundo Plano, considering the actions of fragmentation and juxtaposition, as well as allowing the resignification and constitution of an anachronical cartography of the modern painting history. The second aspect proposes the duplication as an operation that reveals the difference present in the series As Madames and Exposição de Quadros, in which both have as starting point the appropriation of images of the art history, which affirming the reduplication bounce the appraised principles of originality opposed to the ones of repetition as difference. In the last aspect, it is discussed the meat of the painting, it means, the very own constitution of the artistic visuality as an allegory. There are then the vestiges of the artist s search unveiled under the pictorial surface, present question in the exposition Borda, as well as in Adriana Varejão, Nuno Ramos and Dudi Maia Rosa s works. These three aspects allow considering that the work speaks in its own terms, being therefore, creation of a world that points always in two directions, where the allegory allows the speech, such as to an inside from an outside, as from an interior launched to beyond its limits O reaparecimento do debate sobre a alegoria na arte contemporânea pode ser encarado como retorno de uma questão recalcada, que embora já anunciada por Walter Benjamin, desde então pouco avançou. Neste sentido, a produção artística de Caetano de Almeida, colocada em diálogo com trabalhos de outros artistas e textos teóricos, permite que se retome uma problemática pertinente à História, Teoria e Crítica de arte, atualizando-a, especialmente no que se refere à natureza da imagem e sua relação com a temporalidade. No sentido mais convencional, uma definição de alegoria advém tanto da filosofia de Platão como da literatura, sendo considerada como uma figura de linguagem onde é possível dizer uma coisa através da outra. Na arte, trata-se de uma noção, atributo ou possibilidade da obra dizer outra coisa para além dela mesma, ou seja, a alegoria comparece como recurso destinado a ultrapassar o que apresenta como mais visível ou imediato. Problematizar este conceito para além de uma mera definição, constitui-se num modo de abordar a imagem artística não somente como aquilo que é olhado, mas também como algo que olha e faz pensar para além de sua visibilidade evidente. Trata-se menos de propor axiomas e mais de discutir suas reverberações e rebatimentos, especialmente considerando três aspectos: a anacronia, a duplicação e a visualidade. O primeiro discute a montagem como procedimento presente nos trabalhos da série Mundo Plano, considerando as ações de fragmentação e justaposição, bem como possibilitando a ressignificação e constituição de uma cartografia anacrônica da história da pintura moderna. O segundo aspecto propõe a duplicação como uma operação que revela a diferença presente nas séries As Madames e Exposição de Quadros, sendo que ambas têm como ponto de partida a apropriação de imagens da história da arte, as quais afirmando a reduplicação colocam em xeque os princípios valorativos da originalidade contrapostos aos da repetição como diferença. No último aspecto, discute-se a carne da pintura, ou seja, a própria constituição da visualidade artística como uma alegoria. Têm-se então os vestígios da busca do artista desvelada sob a superfície pictórica, questão presente na exposição Borda, assim como nos trabalhos de Adriana Varejão, Nuno Ramos e Dudi Maia Rosa. Estes três aspectos permitem considerar que a obra fala nos seus próprios termos, sendo portanto, criação de um mundo que aponta sempre em duas direções, onde a alegoria possibilita a fala, tanto para um dentro a partir de um fora, como de um interior lançado para além de seus limites |
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