Prevalência de depressão e níveis séricos de IL-6, em pacientes em hemodiálise
Autor: | Knuth, Berenice Scaletzky |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpelUniversidade Católica de PelotasUCPEL. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 bere.pdf: 472003 bytes, checksum: 24fe342b360c117b2eb9ab787fef47c4 (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 BACKGROUND: In hemodialysis patients, depression appears as the most common psychopathological condition. States of advanced chronic kidney disease and dialysis are associated with a state of chronic inflammation. Depression has been linked to activation of the immune system characterized by high levels of pro-inflammatory cytokines. In this study we investigated the possible correlations between depression, and interleukin-6 (IL-6) in hemodialysis patients. METHODS: Seventy-five hemodialysis patients were enrolled in a cross-sectional study from September to November of 2011 in Pelotas/RS. Demographic data was obtained from a questionnaire and the Beck Depression Inventory (BDI), used to determine the presence or absence of depression symptoms. Biochemical parameters, dialysis dosage delivery, and IL-6 serum levels were measured. RESULTS: Prevalence of depression among hemodialysis patients was 48% (BDI ≥ 14). In biochemical assessments, depressed patients showed a decrease in urea (p = 0.01) and increase of IL-6 (p = 0.04) levels. The correlation analysis between BDI scores and the biochemical variables showed that BDI was negative correlated with urea (p = 0.03) and potassium (p = 0.04), but not with IL-6 levels. CONCLUSION: Hemodialysis patients with depression showed higher levels of IL-6 but the severity of depressive symptom was not correlated with levels of this cytokine. A insuficiência renal crônica (IRC) é definida como a perda progressiva e irreversível da função renal. Em sua fase mais avançada, (chamada de fase terminal da insuficiência renal crônica) na qual os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno, é necessário realizar a substituição da função renal. Tal procedimento pode ser realizado através de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal8. Atualmente, no Brasil, mais de 70.000 pacientes são dependentes de terapia renal substitutiva, com gasto anual de cerca de R$ 2,0 bilhões. Com base no grande número de grupos de risco, a previsão é que esse número possa duplicar nos próximos 5 anos, ultrapassando os 125 mil casos em 201016. As causas mais comuns de IRC são: diabetes (42,9%), hipertensão, doença de grandes vasos (26,4%), glomerulonefrite (9,9%) entre outras causas5. Alexander Almeida e Alexandrina Meleiro, em 2000, descreveram que a depressão maior, apesar de provavelmente ser a desordem psiquiátrica mais comum nos pacientes com IRC, permanece largamente subdiagnosticada. Existem evidências de que a depressão diminui a aderência ao tratamento da IRC e influencie negativamente a qualidade de vida. Diante disto, revela-se um fator importante de risco para mortalidade cardiovascular, e aumente em até 15 vezes a taxa de suicídio, podendo ser um preditor independente de menor sobrevida1. Estudos de revisão da literatura citam que a prevalência de depressão em pacientes em diálise varia de 0 a 100%, sugerindo que a prevalência dessa doença nesta população é ainda incerta10. A depressão maior, de acordo com os critérios do DSM-IV, pode se apresentar através de: humor deprimido, perda de prazer ou interesse notavelmente diminuído nas atividades prazerosas, distúrbios do sono, alteração do apetite e peso, perda de energia, ideação suicida entre outros6. A depressão tem sido associada à ativação do sistema imunológico caracterizada por elevados níveis de citocinas proinflamatórias e proteínas positivas da fase aguda14. Alguns estudos demonstraram que os níveis de citocinas e TNF-α estão aumentados em pacientes com depressão14. As citocinas são um grupo de proteínas (polipeptídeos) responsáveis pelas mediações das conexões imunocerebrais e desempenham um papel importante na patogênese da depressão devido ao seu efeito nos neurotransmissores e neuro-hormonios15. Neste respeito à depressão maior, esta tem sido associada com o aumento continuado dos níveis de citocinas; inclusive, tem sido significativamente implicada no desenvolvimento das desordens psiquiátricas, principalmente na depressão maior 13. As citocinas e outras moléculas têm impacto nas funções neuropsiquiátricas como o humor e a cognição, através da modulação da anatomia e da função neuronal. A plasticidade neuronal é importante para a regulação do humor, cognição e comportamento durante toda a vida. As citocinas e outros fatores imunológicos desempenham um papel fundamental na modulação cerebral; entretanto, exposição crônica a citocinas proinflamatórias podem causar dano na plasticidade neuronal, contribuindo para desordens cognitivas e alteração de humor13. Assim, uma vez que entre pacientes com IRC há grande incidência de sintomas depressivos, os objetivos deste estudo consistem em determinar a prevalência de depressão dos pacientes com IRC, em um serviço de hemodiálise, na cidade de Pelotas e identificar os possíveis biomarcadores, como a IL-6, nos fatores causadores do desenvolvimento da depressão. Tais fenômenos podem ajudar a melhorar o reconhecimento e o monitoramento dessa patologia |
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