Estudo da participação da iNOS e do TNF-a na evolução da neurite experimental auto-imune em ratos Lewis

Autor: Rodriguez de la Hoz, Cristiane Lucia
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UnicampUniversidade Estadual de CampinasUNICAMP.
Druh dokumentu: Doctoral Thesis
Popis: Orientadores: Francesco Langone, Leonilda Maria Barbosa dos Santos
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia
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A isoforma induzível da sintase do óxido nítrico (iNOS) e o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-a) estão envolvidos em processos inflamatórios desmielinizantes como a síndrome de Guillain Barré e seu modelo animal, a neurite experimental auto-imune (EAN). A presença dessas moléculas foi investigada no sistema nervoso periférico de ratos Lewis em diferentes fases da EAN. Raízes nervosas oriundas dos segmentos medulares torácico 12 (T12) a lombar 3 (L3) (raízes adjacentes à intumescência lombar), cauda eqüina e nervos ciáticos foram coletados e processados para dupla imunofluorescência. Paralelamente, esses espécimes foram analisados quanto à desmielinização e degeneração axonal, por meio de histoquímica de Sudan Black e imunofluorescência para neurofilamentos, respectivamente. Todos os animais com EAN apresentaram células inflamatórias com imunorreatividade para iNOS e TNF-a, correspondendo a macrófagos e polimorfonucleares (neutrófilos). Essas células contendo iNOS e TNF-a foram observadas nos ratos Lewis exibindo os primeiros sinais clínicos da EAN. Sua população tornou-se numerosa durante a fase de agravamento do quadro clínico, diminuiu no decorrer da fase de recuperação e não foi observada nos animais clinicamente recuperados. Conforme o estágio da EAN, essas células contendo iNOS e TNF-a foram encontradas nas diferentes regiões nervosas analisadas. No início dos sinais clínicos observou-se algumas células iNOS/TNF-a-imunorreativas em vasos da cauda eqüina e do nervo ciático. Na fase em que os animais apresentaram paraparesia, houve um aumento dessa população celular ao redor de vasos e infiltrados inflamatórios nos gânglios sensitivos, na cauda eqüina e nas raízes nervosas T12-L3. Alterações na bainha de mielina e nos neurofilamentos não foram detectadas. Com a evolução da EAN, os animais desenvolveram paraparesia severa. Nesta fase, numerosas células com imunorreatividade para iNOS e TNF-a distribuíram-se ao redor de infiltrados inflamatórios e no tecido endoneural das raízes espinhais e do nervo ciático. Próximo às regiões de infiltrado, algumas fibras nervosas apresentaram bainha de mielina fragmentada ou mais delgada. Alguns axônios no nervo ciático exibiram imunomarcação dos neurofilamentos menos intensa, fragmentada ou aglomerada. Na fase de recuperação, raras células iNOS/TNF-a-imunorreativas foram encontradas em vasos das raízes nervosas T12-L3 e do nervo ciático. Em algumas raízes da cauda eqüina, essas células foram observadas em maior número. O auge da desmielinização foi verificado no nervo ciático nesse estágio, com a presença de vários fragmentos e ovóides de mielina. Os neurofilamentos imunomarcados, por sua vez, apresentaram-se contínuos, porém mais delgados do que os normais. Na fase de resolução da EAN não foram evidenciadas células duplamente imunorreativas. A bainha de mielina recobrou seu aspecto normal nas raízes nervosas, enquanto que no nervo ciático, bainhas de mielina e neurofilamentos imunomarcados delgados foram observados em meio a bainhas e imunomarcação de neurofilamentos mais grossas. Nossos resultados sugerem uma correlação entre a presença da iNOS e TNF-a nas diferentes regiões nervosas e os sinais clínicos exibidos pelo animal com EAN. Além disso, o acentuado processo desmielinizante que ocorre no nervo ciático é capaz de promover alterações estruturais nos neurofilamentos, provavelmente afetando o funcionamento normal dos axônios
Inducible nitric oxide synthase (iNOS) and tumor necrosis factor-alpha (TNF-a) are involved in inflammatory processes such as Guillain Barré Syndrome and its animal model, Experimental Autoimmune Neuritis (EAN). In this study, the presence of these molecules was investigated in the peripheral nervous systems of Lewis rats at different stages of EAN. Thoracic 12 (T12) to lumbar 3 (L3) spinal roots adjacent to lumbar intumescence, cauda equina and sciatic nerves were obtained and processed for double immunofluorescence. These specimens were also analyzed for myelin and axonal degeneration using Sudan Black histochemistry and neurofilament immunolabelling, respectively. All the immunized animals showed double iNOS and TNF-a immunoreactivity in inflammatory cells such as macrophages and polymorphonuclears (neutrophils). These cells were observed in Lewis rats exhibiting the first clinical signs of EAN. Their population increased during the worsening of the disease, diminished during the recovery phase and had disappeared completely in clinically recovered rats. Depending on the EAN phase, iNOS and TNF-a bearing cells were found in the different regions of peripheral nervous system analyzed. At the onset of clinical signs, some iNOS and TNF-a immunoreactive cells were observed in vessels of the cauda equina and the sciatic nerve. In mildly paraparetic rats, an increase in the amount of these cells around vessels and inflammatory infiltrates in the dorsal root ganglia, cauda equina and T12-L3 spinal roots was observed. Changes in the myelin sheath and neurofilaments were not detected. As the EAN evolved, the rats developed severe paraparesis. At this stage, numerous iNOS and TNF-a bearing cells were observed around inflammatory infiltrates and in the endoneurium of the spinal roots and the sciatic nerve. Some nerve fibers near to infiltrated regions showed a thinner or even fragmented myelin sheath. Some sciatic nerve axons exhibited a less intense, fragmented or clustered neurofilament immunolabelling. During recovery stage, rare iNOS/TNF-a immunoreactive cells were detected in vessels of T12-L3 spinal roots and the sciatic nerve. An increased number of these cells was observed in some nerve fibers of cauda equina. The peak stage of demyelination was verified in the sciatic nerve by the presence of several myelin ovoids. Neurofilaments showed continuous immunolabelling, but were more slender than the neurofilaments in naïve rats. Double-immunoreactive cells were not evidenced during the recovery stage. In nerve roots, the myelin sheath recovered its normal appearance, while in sciatic nerves, slenderer myelin sheaths and immunolabelled neurofilaments were observed among thicker ones. Our results suggest that there is a close association between the presence of iNOS and TNF-a bearing cells in the various regions of the peripheral nervous system and the clinical signs exhibited by the animals. Furthermore, the acute demyelinating process in sciatic nerves also promotes structural changes, probably affecting the normal functioning of axons
Doutorado
Biologia Celular
Doutor em Biologia Celular e Estrutural
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