O sentido do trabalho para jovens trabalhadores da economia da droga : exame retrospectivo
Autor: | Bortolozzi, Remom Matheus |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2014 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UnBUniversidade de BrasíliaUNB. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2014. Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-01-22T18:49:20Z No. of bitstreams: 1 2014_RemomMatheusBortolozzi.pdf: 1042625 bytes, checksum: 15c6635f7917bb4107f496d4a68d8bcf (MD5) Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-02-12T16:43:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_RemomMatheusBortolozzi.pdf: 1042625 bytes, checksum: 15c6635f7917bb4107f496d4a68d8bcf (MD5) Made available in DSpace on 2015-02-12T16:43:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_RemomMatheusBortolozzi.pdf: 1042625 bytes, checksum: 15c6635f7917bb4107f496d4a68d8bcf (MD5) O tráfico de drogas é segunda maior economia global. Após a reorganização produtiva do capital, em resposta a crise global do capitalismo dos anos 70, passa-se a empregar cada vez mais a força de trabalho de crianças e adolescentes, significando uma ampliação mundial do trabalho infantil. No narcotráfico especificamente, o aumento do emprego de força de trabalho infantojuvenil é associado às mudanças no comércio de drogas nos anos 80 com a chegada da cocaína no mercado de varejo e a generalização do tráfico de crack. Essas transformações, além de ampliarem o número de crianças e adolescentes vinculados a essa economia, implicaram na reestruturação das relações de trabalho delas e na vinculação dos trabalhadores com suas comunidades. Frente a essa realidade, às políticas sociais de enfrentamento ao trabalho infantil são inoperantes em relação tanto a proteção, quanto a educação desses jovens trabalhadores. Essas políticas tomam significados unilaterais e imagens cristalizadas sobre esse trabalho, dificultando o desenvolvimento de políticas de enfrentamento efetivas. Buscando contribuir com políticas reais de enfrentamento, esse trabalho analisa a estrutura e a dinâmica do sentido do trabalho no tráfico de drogas vivenciado por crianças e adolescentes que trabalham ou já trabalharam nesse mercado, apresentando conceitos-chave para propostas educacionais que abordem especificidades desse público. Esta pesquisa se ancora no método do materialismo histórico dialético e se utilizou para coleta de dados entrevista semi-estruturada com jovens moradores do Distrito Federal que tiveram vivência no tráfico quando crianças ou adolescentes. Também foi realizada pesquisa bibliográfica acerca da estrutura e dinâmica do narcotráfico e levantamento teóricoconceitual sobre as metamorfoses do trabalho na modernidade e suas relações com a educação. Para tratamento dos sentidos do trabalho, foi utilizado o método hermenêutico-dialético e para análise dos dados foi utilizada a técnica da triangulação de dados. A partir dessa investigação mostramos que a inserção precoce de crianças e adolescentes no mercado de trabalho de forma exploradora gera um reflexo fragmentado dessa atividade no psiquismo e, especificamente no caso do narcotráfico, a fragmentação de sentido se relaciona com o próprio mascaramento dessa atividade como trabalho – seja por sua estrutura de organização produtiva no modelo da acumulação flexível operada por meio do tráfico fragmentado de crack, seja pela ideologia da marginalidade que reveste o tráfico de uma imagem contrainstitucional e isola o trabalhador. Assim, apontamos que para que se torne possível a constituição de espaços de aprendizagem, a educação precisa romper com o isolamento do trabalhador do mundo, a fragmentação da personalidade e a desagregação comunitária. ___ ABSTRACT Drug trafficking is the second largest global economy. After the productive reorganization in response to the '70s capitalism global crisis, the children and teenagers workforce employment has increased, meaning a global child labor expansion. In drug trafficking specifically, children and teenagers workforce increased is associated with changes in the drug trade in the ‘80s with the cocaine arrival in the retail market and the crack cocaine traffic widespread. These transformations, as well as expand several children and teenagers from this economy, resulted in the labor relations restructuring in them and tying workers to their communities. Facing this reality, the social policies addressed for child labor are irrelevant about both protection and education of these young workers. These policies take unilateral meanings and candied images on this work, hindering an effective social policies development. Seeking to contribute to real confrontation social policies, this paper analyzes the labour sense structure and dynamics in drug trafficking experienced by children and adolescents who works or have worked in this market, presenting key concepts for educational proposals addressing specificities. This research is grounded in historical materialism dialectical method and for the data collection we used semi-structured interviews with young Federal District residents who had experience drug trafficking when children or teenagers. It was also done bibliographic research on the drug trafficking structure and dynamics and theoretical-conceptual survey of the works metamorphoses in modernity and its relationship with education. For the labour senses treatment, we used the hermeneutic-dialectic method and for data analysis we used the data triangulation technique. From this research, we show that early children and teenagers integration in the labor market in a exploitative way generates a fragmented reflection of this activity in the psyche and specifically in the drug trafficking case, the senses fragmentation relates to the masking itself as this activity work - either byproductive organization structure in the flexible accumulation model operated through fragmented trafficking crack, either by the marginality ideology that covers trafficking, that rejects institutional image and isolates the worker. Thus, we point out that to make possible a learning spaces creation, education needs to break the isolation between the world and the worker, the personality fragmentation and community breakdown. |
Databáze: | Networked Digital Library of Theses & Dissertations |
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