Educação e trabalho : um olhar dos jovens de baixa renda do Brasil e da Argentina

Autor: Girolami, Monica Cecilia
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UnBUniversidade de BrasíliaUNB.
Druh dokumentu: Doctoral Thesis
Popis: Tese (Doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Pós-graduação das Américas, 2014.
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O propósito primordial da pesquisa é analisar as conexões existentes entre a educação e o processo de transição para o mercado de trabalho dos jovens pobres. Partimos do pressuposto que os sistemas de proteção social e do ensino médio completo são necessários, mas insuficientes para garantir aos jovens de baixa renda acesso a trabalhos que lhes permitam superar a situação de pobreza. A inclusão nas redes sociais que leva à formação de capital social dos jovens e a educação técnica podem ser dimensões que, incorporadas às políticas públicas, geram sinergias para a incorporação em trabalhos de qualidade para esses jovens. Foram utilizadas as metodologias comparada e qualitativa e dados estatísticos fornecidos pela PNAD-IBGE (Brasil) e EPH-INDEC (Argentina). Compararam-se as trajetórias educativo-laborais dos jovens que vivem em favelas no Rio de Janeiro, especificamente no Morro do Alemão e Cidade de Deus e nas vilas misérias na Cidade de Buenos Aires: Reiro e Villa Soldati. Nessa pesquisa comparada, as variáveis estruturais (econômicas, políticas sociais) tem um peso significativo na estruturação das oportunidades dos jovens e as variáveis biográficas permitem observar a forma como os indivíduos experimentam ou dão sentido aos efeitos das estruturas. As duas dimensões; estrutural e biográfica formam o marco para a construção das trajetórias educativo- laborais. A trajetória a ser percorrida pelos jovens terá maiores ou menores possibilidades de acontecer em função das restrições que impõe o contexto objetivo em que vivem. Encontramos condicionantes socioeconômicos, do habitat, da oferta educacional caracterizados pela segmentação e baixa qualidade dos mesmos, de fatores associados a falta de capital social e discriminação. Todos esses condicionantes são desigualdades que interatuam e se reforçam umas às outras. Isso pode se interpretar como acoplamentos de dois tipos de exclusões: uma socioeconômica e outra sociocultural. Quando este acoplamento acontece, a exclusão tende a se reforçar adquirindo formas mais extremas e persistentes. Nos jovens pobres a ampla gama de situações de vulnerabilidade que apresentam põe em evidencia a heterogeneidade da pobreza e a ampliação e complexidade das desigualdades no acesso a recursos e oportunidades. Os indivíduos, ainda que na mesma categoria social, não enfrentam as mesmas situações, nem constroem um itinerário vital com as mesmas características. Como contribuição da tese se identificou cinco perfis de trajetórias educativas e de trabalho dos jovens pobres: a) trajetórias de exclusão, b) de risco, c) de vulnerabilidade, d) trajetória acumulativa, e) perfil de acumulação sucessiva. Os resultados mostram que a origem socioeconômica, o nível educativo da família e a qualidade da oferta educativa e o insuficiente “capital social ponte”, aparecem como os determinantes do destino laboral dos jovens pobres. Além do mais, aqueles que conseguem acessar o ensino médio na Argentina descobrem que este nível de escolaridade já não é patamar suficiente para a entrada no mercado de trabalho. Porém, ainda no contexto dessas tendências reprodutoras, a pesquisa também sinaliza que alguns jovens conseguem entrar em trajetórias de acumulação. A educação profissional representa uma alternativa de importância, particularmente para os que não conseguem ter acesso ou se manter nos cursos universitários e/ou se inclinam por carreiras técnicas curtas, antecipando desta forma um acesso mais rápido e em melhores condições ao mercado de trabalho. Necessário se faz a existência de mecanismos institucionais que possam apoiar na transição laboral, de modo a gerar maiores oportunidades para os jovens em situação de pobreza. ___ ABSTRACT
The central purpose of this research is to analyze the connections between education and the process of transition to the labor market of poor youth. We start from the assumption that social protection systems and secondary education are necessary but still insuficiente to ensure that poor young people access to jobs that allow them to overcome poverty. The inclusion in both social networks that facilitate the formation of social capital and professional education programs may constitute dimensions that could be incorporated into public policies generating synergies for the incorporation of these young people to higher quality jobs. We used various methodologies: comparative, qualitative and statistical data from PNAD-IBGE (Brazil) and EPH-INDEC (Argentina). Educational and career paths of young people living in favelas in Rio de Janeiro: Morro do Alemão and Cidade de Deus and slums in Buenos Aires: Retiro and Villa Soldati are compared. In this research, the structural variables, like socio economic and political ones, are significant in the building of opportunities for young people, and biographical variables allow us to observe how individuals experience the effects of those structures. Both dimensions: structural and biographical provide the framework for the construction of educational and career paths. The selections of the path to be followed by these young people will more or less likely be carried out according to the restrictions imposed by the objective context in which they live. Conditions are: economic-social, habitat, educational circuit characterized by segmentation and low quality, lack of social capital and discrimination. All these constraints are inequalities interacting and reinforcing the coupling between each other, and can be interpreted as a coupling of two types of exclusions: socioeconomic and socio-cultural. When this coupling occurs, exclusion tends to reinforce becoming more extreme and persistent. The wide range of vulnerability situations of poor youth, highlights the heterogeneity of poverty, and the extension and complexity of inequalities in access to resources and opportunities. Individuals, even in the same social category, neither face the same situations nor make the same vital route. This thesis has contributed to identify five educational-occupational profiles: a) trajectories of exclusion, b) risk trajectories, c) trajectories of vulnerability, d) Cumulative path, e) successive accumulation profile. The results show that socioeconomic background, educational level of the family and the quality of the schools they have attended, the scarce bridging social capital seem to be the determinant of the fate of poor youth working path. Access to secondary education is no longer a sufficient condition for youngsters accessing labor market like in Argentina’s case. However, despite these breeding trends, research also shows that some young enter into paths of accumulation. Vocational education is an important alternative, especially for those who cannot access or stay in college and / or lean toward short technical courses, gaining a faster and better access to labor markets. Institutional mechanisms are needed in order to support the transition to labor markets generating greater and better opportunities for young people in poverty. ___ RESUMEN
El propósito central de la investigación es analizar las conexiones existentes entre la educación y el proceso de la transición al mercado de trabajo de los jóvenes pobres. Partimos del presupuesto de que los sistemas de protección social y la enseñanza media son necesarios pero aún insuficientes para garantizar a los jóvenes pobres el acceso a trabajos que le permitan superar la situación de pobreza. La inclusión a redes sociales que posibilitan la formación de capital social y la educación profesional pueden ser dimensiones que incorporadas a las políticas públicas generen sinergias para la incorporación de estos jóvenes a trabajos de mayor calidad. Se ha utilizado metodologías: comparada, cualitativa e datos estadísticos provenientes de la PNAD-IBGE (Brasil) y EPH-INDEC (Argentina). Se comparan las trayectorias educativos-laborales de los jóvenes que viven en favelas en Rio de Janeiro, específicamente no Morro do Alemão e Cidade de Deus y villas miserias en la Ciudad de Buenos Aires: Retiro e Villa Soldati. En esta investigación las variables estructurales (económicas, políticas, sociales) tienen un peso significativo en la estructuración de las oportunidades de los jóvenes, y las variables biográficas permiten observar la manera en que los individuos experimentan u otorgan sentidos a los efectos de las estructuras. Ambas dimensiones: estructural y biográfica dan el marco para la construcción de trayectorias educativo- laborales. La selección de la trayectoria a recorrer por parte de estos jóvenes tendrá mayores o menores posibilidades de ser llevada a cabo en función de las restricciones que les impone el contexto objetivo en el cual viven. Entre ellos encontramos condicionantes económico – sociales, de hábitat, del circuito educativo caracterizados por la segmentación y baja calidad, de falta de capital social y discriminación. Todos estos condicionantes son desigualdades que interactúan y se refuerzan al acoplarse entre unas y otras, y se pueden interpretar como acoplamientos de dos tipos de exclusiones: las socioeconómicas y las socioculturales. Cuando este acoplamiento ocurre, la exclusión tiende a reforzarse adquiriendo formas más extremas y persistentes. La amplia gama de situaciones de vulnerabilidad que presentan los jóvenes pobres ponen de manifiesto la heterogeneidad de la pobreza, y la ampliación y complejización de las desigualdades en el acceso a recursos y oportunidades. Los individuos, aún dentro de la misma categoría social, no se enfrentan a las mismas situaciones ni conforman un itinerario vital con las mismas características. Como contribución de la tesis se han identificado cinco perfiles educativo- laborales: a) trayectorias de exclusión, b) trayectorias de riesgo, c) trayectorias de vulnerabilidad, d) trayectoria acumulativa, e) perfil de acumulación sucesiva. Los resultados muestran que el origen socioeconómico, el nivel educativo de la familia y la calidad del circuito educativo al que concurrieron, el escaso capital social puente, parecen ser el determinante del destino laboral de los jóvenes pobres. No sólo eso, sino que aquellos que logran acceder a la educación media en la Argentina ya no es suficiente para el ingreso al mercado de trabajo. Sin embargo, a pesar de estas tendencias reproductoras, la investigación también muestra que algunos jóvenes logran entrar en trayectorias de acumulación. La educación profesional representa una alternativa de importancia, em particular para los que no logran acceder o sostenerse en los estudios universitarios y/o se inclinan hacia carreras técnicas cortas, anticipando por este medio un acceso más rápido al mercado de trabajo en mejores condiciones. Resultan necesarios mecanismos institucionales que puedan apoyar la transición laboral de modo de generar mayor oportunidades para los jóvenes en situación de pobreza.
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