Identidades sociais de classe, gênero e raça/etnia representadas no livro didático de espanhol como língua estrangeira

Autor: Barros, Jaqueline da Silva
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2013
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UnBUniversidade de BrasíliaUNB.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, 2013.
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A presente pesquisa busca analisar a maneira como o livro didático: "Español em Marcha" constrói identidades de falantes de espanhol para o contexto de ensino-aprendizagem de línguas. O referencial teórico utilizado para a realização da pesquisa pauta-se nos estudos sobre identidades no âmbito da contemporaneidade, o que significa dizer que são fragmentadas, cambiantes e multifacetadas (HALL, 2000). Dessa forma foram inseridos os estudos sobre identidades e ensino de línguas (NORTON, 2000; MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2007); identidades de gênero e sexualidade, (LOURO, 2011; BUTLER, 2003), identidades de classe (BOURDIEU, 2001); identidades de raça/etnia (SILVA, 2005; FERREIRA, 2006 e BARBOSA, 2011), identidade e diferença (HALL, 2000; WOODWARD, 2007; SILVA, 2007), modernidade e identidade (GIDDENS, 2002; CASTELLS, (1999 [2010]), entre outros. Para a realização da análise, composta por textos escritos e imagéticos foram utilizadas a pesquisa documental e a Análise do Discurso Crítica (ADC), por meio da perspectiva tridimensional (FAIRCLOUGH, 2008), a qual contempla o discurso como prática textual, como prática discursiva e como prática social. Também foi utilizada no âmbito da ADC a Gramática do Design Visual (GDV) criada por Kress e van Leewen (2006) para análise de imagens. Considerando essas análises, pode- se dizer que a relação de poder que opera na construção de identidades continua a legitimá-las de forma a contribuir para a promoção de ideologias dominantes (hegemônicas). Nesse sentido, o discurso mostrado pelos autores do livro refere-se ao espanhol falado pelos nativos da Espanha como língua de prestígio (poder simbólico) e a Espanha como centro do mundo. Destarte, de acordo com as características físicas apresentadas pela maioria das fotografias de pessoas representadas no livro, esse estudante é branco, possui alto poder de aquisição e pode viajar de férias para conhecer outros países. Outras construções, no entanto, parecem contemplar o que classifica Castells (1999 [2010]) como identidades de resistência, geradas por atores sociais que estão em posições desvalorizadas ou discriminadas, mas que bem por isso resistem a identidade legitimadora negando-a. Este trabalho visa por meio do letramento visual e do letramento crítico (GIROUX, 1997) questionar a naturalização dos discursos hegemônicos ideologicamente estruturados. A proposta apresentada implica no aprendizado pela apreciação, decodificação e interpretação intermediado tanto pela forma de como as imagens e textos são construídos e operam em nossas vidas quanto pelo conteúdo por eles apresentados em situações concretas. Tendo isso como premissa, busca-se a desconstrução do óbvio e do que é tomado como familiar, tornando-o estranho, portanto, não familiar, como o intuito de gerar atenção ao modo como nossa linguagem, experiência e comportamento são socialmente construídos, constrangidos, predeterminados e convencionados, e que, por esse motivo, estão sujeitos à mudança e à transformação e, por conseguinte, à ressignificação. ___ ABSTRACT
This research aims to analyze how the textbook ―Español em Marcha‖ constructs the identities of Spanish speakers in the context of teaching-learning languages. The theoretical framework used to carry out the research is based on studies about identities in the scope of contemporaneity, which is to say they are fragmented, changing and multifaceted (HALL, 2000). This way the studies about identities and language teaching (NORTON, 2000; MASTRELLA-DEANDRADE, 2007); gender identities and sexuality, (LOURO, 2011; BUTLER, 2003), class identities (BOURDIEU, 2001); racial/ethnic identities (SILVA, 2005; FERREIRA, 2006 e BARBOSA, 2011); identity and difference (HALL, 2000; WOODWARD, 2007; SILVA, 2007); modernity and identity (GIDDENS, 2002; CASTELLS, (1999 [2010]); among others, were included. The analysis, composed by written text and images, uses documentary research and Critical Discourse Analysis (CDA), through a three-dimensional perspective (FAIRCLOUGH, 2008), which looks at discourse as textual practice, discursive practice and social practice. It was also used within the scope of CDA the Grammar of Visual Design (GVD) created by Kress and van Leewen (2006) for the analysis of the images. Considering the analysis, it is possible to say that the power relation that operates in the construction of identities continues to legitimate them so as to contribute to the promotion of dominant (hegemonic) ideologies. This way, discourse shown by the authors of the textbook refers to Spanish spoken by native Spaniards as a prestige language (symbolical power) and to Spain as the center of the world. Thus, according to the physical characteristics shown by most photos of people represented in the textbook, this student is white, has a high purchasing power and can travel on vacation to visit other countries. Other constructions, however, seem to contemplate what Castells (1999 [2010]) classifies as resistance identities, engendered by social actors that are in devaluated or discriminated positions, but in spite of them, resist legitimizing identity, denying it. This work aims, through visual literacy and critical literacy (GIROUX, 1997), to question naturalization of hegemonic discourse ideologically structured. The proposal presented implies learning through appreciation, decoding and mediated interpretation, both by the way the images and texts are constructed and operate in our lives, and by the contents presented by them in concrete situations. Taking it as a premise, we hope to achieve the deconstruction of the obvious and of what is taken as familiar, making it strange, therefore, non-familiar, in order to bring attention to the way language, experience and behavior are socially constructed, constrained, predetermined and agreed upon, and for that reason, are subject to change and transformation and, thus, to re-signification. ___ RESUMEN
Esta investigación analiza la forma como el libro de texto: "Español en Marcha" construye las identidades de los hispanohablantes en processo de enseñanza y aprendizaje de idiomas. El marco teórico está en marcado en los estudios sobre identidades en el contexto actual, lo que definen como fragmentadas, cambiantes y multiformes (HALL, 2000). Por lo tanto, son incluídos los estudios sobre identidad y aprendizaje de idiomas (NORTON, 2000; MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2007), la identidad de género y sexualidad (BAY, 2011; BUTLER, 2003), las identidades de clase (BOURDIEU, 2001); las identidades de raza / etnia (SILVA, 2005; FERREIRA, 2006; BARBOSA, 2011), la identidad y la diferencia (HALL, 2000; WOODWARD, 2007; SILVA, 2007), modernidad e identidad (GIDDENS, 2002; CASTELLS, 1999 [2010]), entre otros. Para realizar el análisis de los datos a partir de los textos escritos e imagénes utilizé la Investigación Documental y la Análisis Crítico del Discurso, la perspectiva tridimensional (FAIRCLOUGH, 2008), que considera el discurso como práctica textual, como práctica discursiva y como práctica social y tambien de la Gramatica del Design Visual (GDV) creada por Kress y van Leewen (2006). Como resultado de ese análisis, se puede afirmar que el equilibrio de poder que opera em la construcción de identidades continúa legitimándolas lo que contribuye en la promoción (auge) de ideologias (hegemonicas en dominantes). En este sentido, el discurso mostrado por los autores del libro se refiere al español hablado por los españoles nativos como lengua de prestigio (poder simbólico) y España como centro del mundo. Por lo tanto el estudiante brasileño es blanco, de acuerdo con las características físicas presentes en la mayoría de las fotografías de las personas representadas em el libro, tiene un alto poder adquisitivo, ya que puede ir de vacaciones a otros países. Por otra parte, algunas imágenes parecen contemplar lo que Castells (1999, [2010]) clasifica como identidades generadas por los actores sociales que se encuentran en posiciones devalorizadas o desventajadas, e por eso resisten en legitimar esa identidad negándola. Este trabajo pretende a través de la literacidad visual y la literacidad crítica (GIROUX, 1997) cuestionar la naturaleza de los discursos hegemônicos, ideologicamente estructurados. La propuesta consiste en el aprendizaje mediante la evaluación, la decodificación e interpretación mediado tiendo por la forma como las imágenes y textos son construídas y operan en nuestra vida, como (cuesta) por su contendio presentado por los mismos en situaciones concretas. Con esto, se busca la deconstrucción de lo que se considera obvio y lo se toma como familiar tornandolo extraño, por lo tanto, no natural, con el objetivo de atraer la atención hacia el modo cómo nuestro lenguaje, experiencia y conducta son constuidas socialmente, predeterminado y convencionalizada, y por esse motivo estan sujetos a câmbios y ransformaciones, por consiguiente a uma resignificación.
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