DO LOGOS ESTÉTICO AO LOGOS CULTURAL: IMPLICAÇÕES ÉTICAS DA FENOMENOLOGIA DO CORPO PRÓPRIO

Autor: Junglos, Marcio
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2010
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFSMUniversidade Federal de Santa MariaUFSM.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: This paper will raise issues concerning to a phenomenological ethics. For that, we will seek to find subsidies through the passage of the logos of the aesthetic world to the logos of the cultural world in Merleau-Ponty. One common thread will be determined by this philosopher, with the intent to understand the original nature in the life-world. This thread is called original presence which, in turn, can be identified in both the aesthetic logos as in cultural logos. Merleau-Ponty makes a profound analysis of the studies raised by Husserl, namely a later Husserl, where we find the discovery of a phenomenology of life. Through the discovery of reflexive-body, Merleau-Ponty celebrate the incarnation of the phenomenology of life raised by Husserl. These two philosophers give a strong emphasis facing our attitude toward the opening of the world, the other and the logical objectivity. To better understand this philosophical perspective, we have the contribution of Waldenfels that will extend the concept of attitude and will make, thus, a phenomenological ethic more evident, where this attitude needs to give an answer or rather can not not respond, as the opening of the world create in us a challenge of which I am led to a concrete attitude. This challenge is generated by claims that dialogue with the law (rule) and justice (ethics). This dialogue, in principle, generates a strangeness that drives us to a threshold, creating a gap, allowing a new constitution process. When Waldenfels says that the Ethos begins on the plain of the senses, wants to talk that what affects us depends on the body itself that is affected and that what affects expresses sense for us. In other words, what claims out to us as the possibility of meaning indeed passes through the plain of the senses, must be understood and lived by the own body. In Waldenfels we can find a clear responsive ethics and an ethics of the senses, allowing the construction of a phenomenological ethics.
Este trabalho levantará questões concernentes a uma ética fenomenológica. Para isto, procuraremos encontrar subsídios através da passagem do logos do mundo estético para o logos do mundo cultural, em Merleau-Ponty. Um fio condutor será determinado por este filósofo, com o intento de entender a natureza da vida no mundo. Este fio condutor é chamado de presença originária que, por sua vez, pode ser identificado tanto no logos estético como no logos cultural. Merleau-Ponty faz uma profunda análise dos estudos levantados por Husserl, especialmente o Husserl mais tardio, no qual encontramos a descoberta de uma fenomenologia da vida. Por meio da descoberta do corpo-reflexionante, Merleau-Ponty celebra a encarnação da fenomenologia da vida levantada por Husserl. Estes dois filósofos conferem uma profunda ênfase em relação a nossa atitude através da abertura do mundo, do outro e da objetividade lógica. Para melhor compreendermos esta perspectiva filosófica, teremos a contribuição de Waldenfels que estenderá o conceito de atitude e tornará, assim, uma ética fenomenológica mais evidente, na qual nossa atitude precisa dar uma resposta ética, ou melhor, não pode não responder, pois a abertura do mundo cria em nós um desafio que nos guiará a uma atitude concreta. Este desafio é gerado por clamores que dialogam com a lei (regra) e a justiça (ética). Este diálogo, em princípio, gera uma estranheza que nos leva a um limiar, criando uma fenda, permitindo um novo processo de constituição. Quando Waldenfels diz que o Ethos começa da planície dos sentidos, quer falar que o que nos afeta depende do corpo próprio que é afetado e que o que nos afeta exprime sentido para nós. Em outras palavras, o que clama a nós como possibilidade de sentido precisa realmente passar pela planície dos sentidos; deverá, portanto ser entendido e vivido pelo corpo próprio. Em Waldenfels, podemos encontrar claramente uma ética responsiva e uma ética dos sentidos, permitindo a construção de uma ética fenomenológica.
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