SEJA HOMEM! : CONSTRUÇÃO DE MASCULINIDADE NA REVISTA MEN S HEALTH BRASIL
Autor: | Seixas, Rebeca Bruno da Silva |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFSMUniversidade Federal de Santa MariaUFSM. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The objective of this research was the perception of the masculinity role model which is predominant in the content from Men s Health Brazil magazine and how it is transmitted through such content. Considering the increasing segmentation of the magazine market and the rising number of vehicles that approach the issue of body and health, this publication is presented in a different way as it escapes from the traditional model for men s magazines once it grasps a series of elements which, after analysis, have been identified as components of a construction script for an ideal masculinity model, cast by a quite clear view of what a healthy and successful man should be like (in his personal and social life). With the slogan Living better is easy, the publication guides the construction of its readers masculinity based on truth-speeches mainly legitimated in the sphere of scientific knowledge (such as researches from different universities and the collaboration of professionals from various areas in the elaboration of articles), instructing its readers in several areas from the male experience, from body care and its figure to their everyday living with women and other men. In shaping this ideal model of being a man, Men s Health also brings a series of values on what it is to be a man, which concern the necessity of being virile, competitive, healthy, good in bed, independent and owner of their world. Notwithstanding all of these aspects hold a close approximation to elements that have already been approached by gender theory as belonging to the patriarchal masculinity model. Through the theoretical productions of Michel Foucault on discipline, norm and body and from the complementing to his theory proposed by Anthony Giddens, which is about the reflexive identity embodiment, I have sought to understand how the magazine elaborates its speech in a way that it shapes the reader into a worldwide accepted standard (once this publication is available in several countries) in relation to a hegemonic masculinity. The latter, on its own, as proposed by Robert/Raewyn Connell, is constructed through processes of socialization of the access to means of communication, which exhibit a masculinity that is stated in the differentiation of other masculinity assortments, in the case of Men s Health, the masculinity of men who do not fit in the physical model advertised by the magazine. O objetivo desta pesquisa foi a percepção do modelo de masculinidade predominante no conteúdo da revista Men s Health Brasil e como este é transmitido através de seu conteúdo. Diante da crescente segmentação do mercado de revistas e o crescimento do número de veículos que abordam a questão do corpo e da saúde, esta publicação apresenta-se de maneira diferenciada, na medida em que escapa ao modelo tradicional da revista masculina, uma vez que traz em seu conteúdo uma série de elementos que, após análise, identifiquei como componentes de um roteiro de construção de um modelo de masculinidade ideal, formado por uma visão bastante clara do que um homem saudável e bem-sucedido (na vida pessoal e social) deve ser. Sob o slogan Viver melhor é fácil, a publicação orienta, com base em discursos-verdade legitimados principalmente na esfera do conhecimento científico (como pesquisas de universidades diversas e participação de profissionais de diversas áreas na elaboração das matérias), a construção da masculinidade de seus leitores, esclarecendo-os em diversas áreas da experiência masculina, desde o cuidado do corpo e sua formatação até o seu convívio com mulheres e outros homens. Na lapidação deste modelo ideal de ser homem, Men s Health traz também uma série de valores acerca do que é ser homem, os quais concernem à necessidade de ser viril, competitivo, saudável, bom de cama, independente e controlador de seu mundo. Não por coincidência, todos esses aspectos guardam forte aproximação com elementos já abordados pela teoria de gênero como pertencentes ao modelo patriarcal de masculinidade. Através das produções teóricas de Michel Foucault sobre disciplina, norma e corpo e da complementação à sua teoria proposta por Anthony Giddens, que trata da corporificação identitária reflexiva, busquei compreender como a revista em questão elabora seu discurso de forma a moldar seu leitor a uma norma aceita mundialmente (uma vez que a publicação está presente em diversos países) relativa a uma masculinidade hegemônica. Esta, por sua vez, como propõe Robert/Raewyn Connell, é construída através de processos de socialização do acesso aos meios de comunicação, que demonstram uma masculinidade que se afirma na diferenciação de outros arranjos de masculinidade, no caso de Men s Health, de masculinidades dos homens que não se encaixam no modelo físico propagandeado pela revista. |
Databáze: | Networked Digital Library of Theses & Dissertations |
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