Esporte proletário

Autor: Moraes, Cláudia Emília Aguiar
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUFSC.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
Made available in DSpace on 2012-10-23T14:34:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 243431.pdf: 821715 bytes, checksum: b8d229b05eacded3bb3a2e3c8f682155 (MD5)
Esta pesquisa trata do fenômeno esportivo na perspectiva dos trabalhadores urbanos brasileiros das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, no período de 1928-1935, quando foram observadas iniciativas do movimento operário, principalmente de orientação comunista, em fomentar a prática esportiva de conteúdo classista entre trabalhadores. Relata que, desde o final do século XIX, o esporte se legitimou socialmente como um elemento educativo, já que, relacionado à formação moral, física e intelectual do indivíduo, criava o sentimento de amor pela pátria, dominava as paixões dos jovens, disciplinava o trabalhador e, de maneira sadia, ocupava as horas livres. Relata também que, entre os trabalhadores, desde o início do século XX, existiram clubes de fábricas, associações esportivas espalhadas pelos bairros operários das grandes cidades brasileiras, mas a relação estabelecida entre esporte e movimento operário gerou muitas polêmicas, que questionavam, principalmente, a vinculação das práticas esportivas com os valores burgueses. Menciona que, durante as décadas de 1920 e 1930, o esporte se popularizou e ganhou visibilidade de fenômeno social de grande aceitação popular, principalmente entre os trabalhadores, assumindo a condição de manifestação pública. Diante desse quadro, setores organizados do movimento operário, como foi o caso dos comunistas # também muito influenciados por reordenações políticas internas do comunismo internacional #, levaram em consideração o alcance do esporte entre os trabalhadores e o revestiram de um discurso classista, construindo, assim, outra relação que não excluísse tal prática do cotidiano operário, visando, sobretudo, a agrupação da classe sob a política comunista. Utilizando a imprensa proletária, documentos da Juventude Comunista e um periódico da Educação Física como fontes de investigação, este trabalho traz ao debate a apropriação que o movimento operário fez da organização esportiva, bem como as referências e determinações atribuídas ao esporte no âmbito do projeto de formação da classe operária brasileira.
Databáze: Networked Digital Library of Theses & Dissertations