Irmãs catequistas franciscanas
Autor: | Kantovitz, Geane |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUFSC. |
Druh dokumentu: | Doctoral Thesis |
Popis: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2017. Made available in DSpace on 2017-08-15T04:12:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 346994.pdf: 3428317 bytes, checksum: 7cd2d98aebb502c36bfc4cc7d91acc5a (MD5) Previous issue date: 2017 Esta pesquisa versa sobre as memórias de dez religiosas da atual Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas (CICAF), com o objetivo de compreender, por meio de suas memórias, como as Irmãs Catequistas Franciscanas foram produzindo uma ordem social e constituindo-se como professoras na medida em que construíam uma identidade professoral/religiosa de si, para si e para os outros, materializada em suas práticas docentes, no cenário da escola primária em Santa Catarina, no período entre 1935 e 1965. As Irmãs Catequistas Franciscanas iniciaram sua docência nas escolas paroquiais do interior do estado de Santa Catarina em 1915 e foram inseridas na educação pública a partir da década de 1930, período em que as escolas paroquiais passaram para a esfera pública municipal e/ou estadual. Desse modo, atuaram majoritariamente no processo de escolarização do ensino primário até 1965, década na qual ampliaram sua ação para serviços pastorais em geral, incluindo a abertura de casas em outros estados do país e além fronteiras. Em termos teóricos e metodológicos, sob as lentes de Berger e Luckmann (1985), procurei compreender como, em relações sociais cotidianas e em tipificações habituais da prática docente, essas religiosas foram constituindo-se como professoras e, ao mesmo tempo, construindo uma identidade socialmente objetivada e subjetivamente apropriada. Maurice Halbwachs (2003) e Michel Pollak (1989; 1992) foram tomados como matrizes referenciais para a análise relativamente às memórias dessas professoras aposentadas, com idade entre 77 e 94 anos. Assim, as memórias das entrevistadas foram trabalhadas na esteira do conceito de memória coletiva, cunhado por Halbwachs, o qual enfatiza a necessidade de se estudar os quadros sociais (lugares de convívio e de experiência) como condição para se estudar os indivíduos. Todavia, além das questões relacionadas à coesão social, ao sentimento de pertencimento vinculado à comunidade afetiva, neste específico a CICAF, na esteira de Pollak, também busquei dialogar com a identidade e sua construção, ou seja, com o enquadramento da memória e seus processos de coerção. Além das entrevistas, outros documentos, tais como relatórios anuais, crônicas, atas, planos de aula, fichas funcionais, Livros Tombos, imagens e manuais didáticos foram utilizados como fontes. Os resultados da pesquisa indicaram que as Irmãs Catequistas Franciscanas constituíram uma identidade professoral/religiosa no ensino primário articulada ao ser e aos saberes religiosos católicos. Ou seja, embora professoras em escolas públicas, suas práticas cotidianas, amparadas tanto pelo catecismo quanto pelos manuais didáticos, sempre estiveram entrelaçadas com a identidade religiosa construída e mantida no interior da CICAF. Assim, as Irmãs Catequistas construíram uma cultura escolar (JULIA, 2001) singular no processo de escolarização primária e constituíram um jeito próprio e específico de aprender e de ensinar. Atrelado a esse processo, procuraram manter a identidade da Congregação tanto do ponto de vista religioso quanto docente, construindo-a e reconstruindo-a continuamente na sua prática dentro e fora das escolas. This research centers on the memories of ten of the current Congregation of Sisters Catechists Franciscans (CICAF), the goal is to understand, through their memoirs, how the Sisters Catechists Franciscans were producing a social order and constituting themselves as a teachers, by the time they built a Professorial/religious identity for themselves and for others, materialized in their teaching practices, in the scenario of primary school in Santa Catarina, between 1935 and 1965. The Sisters Catechists Franciscans began their teaching practices in parochial schools, in the interior of the State of Santa Catarina in 1915 and were introduced in public education from the 1930's, a period in which parochial schools passed to the municipal and/or State sphere. Thus, they acted mainly in the process of schooling of the elementary school until 1965, a decade in which they extended their action to pastoral services in general, including the opening of houses in other States of the country and beyond. In theoretical and methodological terms, under the lens of Berger and Luckmann (1985), the goal was to try to understand how, in everyday social relations and in usual typifications of the teaching practice, these Sisters were constituting themselves as teachers and, at the same time, building a socially objectified and subjectively appropriate identity. Maurice Halbwachs (2003) and Michel Pollak (1989; 1992) were taken as reference matrices for the analysis regarding the memories of these retired teachers, aged 77 and 94 years. So, the memories of the interviewed were worked in the wake of the concept of collective memory, coined by Halbwachs, which emphasizes the need to study social frames (places of conviviality and experience) as a condition for studying individuals. However, in addition to the issues related to social cohesion, to the feeling of belonging linked to the affective community, specifically to CICAF, in the wake of Pollak, the author also sought to dialogue with the identity and its construction, that is, with the framework of the memory and its coercion processes. In addition to the interviews, other documents, such as annual reports, chronicles, minutes, lesson plans, handouts, Tomb Books, images and textbooks were used as sources. The survey results indicated that the Sisters Catechists Franciscans constituted a professorial/religious identity in primary education articulated to the being and to the Catholic religious knowledge. That is, although teachers in public schools, their daily practices, supported by both the catechism and didactic manuals, were always intertwined with the religious identity built and maintained within the CICAF. Thus, the Sisters Catechists built a school culture (JULIA,2001) unique in primary schooling process and constituted a proper and specific way of learning and teaching. Coupled to this process, they sought to keep the identity of the Congregation, as religious and from a teaching point of view, by building and rebuilding it, continuously, on its practice, inside and outside of schools. |
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