A face feminina do HIV e SIDA

Autor: Maúngue, Hélio Bento
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2015
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUFSC.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015
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O presente trabalho apresenta e discute as experiências cotidianas que 20 mulheres pobres e infetadas pelo vírus do HIV residentes na cidade de Maputo, têm. Procura entender como elas estruturam o seu cotidiano no contexto das relações sociais que estabelecem. A pesquisa de campo se baseia em entrevistas grupais e individuais, acompanhadas, antes e depois, de uma revisão da literatura. A proposta é colocar em comunicação questões de gênero e outras questões socioculturais em contato com o campo da saúde. Estas mulheres experimentam um cotidiano marcado por obstáculos, desafios e enfrentamentos como parte da face feminizada do HIV e SIDA. Elas lidam com diferentes manifestações de vulnerabilidade antes e pós-infeção, onde as relações de gênero e as práticas culturais e tradicionais contribuem para a feminização do cenário da soroprevalência. As questões de gênero, as práticas culturais e tradicionais não as tornam diferentes de outras mulheres, mas o estado sorológico torna tudo mais esforçado no cotidiano das mesmas. O fato de serem mulheres pobres e dependentes economicamente são também obstáculos com que elas lidam. Essas questões influenciam no processo de infecção e de experiência com a doença. O cotidiano das mulheres demostra que o HIV ainda é uma doença clandestina. Elas vivem momentos de estigma, discriminação, segregação e preconceito que fazem com que omitam seu estado sorológico. Para elas viver e conviver com mulheres infetadas são formas de reorganizar e dar um novo sentido a vida. A pesquisa reforça a ideia de que o HIV e SIDA não deve ser encarado como uma fatalidade inevitável, mas que existem questões e determinantes sociais fortemente integradas no processo saúde-doença-cuidado.
This work presents and discusses the everyday life experiences of 20 womens poors and HIV+ from Maputo city. Seeks to understand how they structure their daily lives in the context of social relations. The field research is based on group and individual interviews, walked up with, before and after, a literature review. The proposal is put on communication issues of gender and other socio-cultural issues in relation with the health field. These women experience an everday life marked by obstacles, challenges and confrontations as part of the feminized face of HIV/AIDS. They deal with different manifestations of vulnerability before and after infection, where gender relations and cultural and traditional practices contribute to the feminization of the seroprevalence scenario. Gender issues, and the cultural, and traditional practices doesn´t make them different from other women, but their HIV status makes it more struggling in their daily life. The fact that they are poor and economically dependent are also obstacles which they deal with. These issues influence on the process of infection and experience with the disease. The daily lives of women demonstrates that HIV still as a clandestine disease. They live moments of stigma, discrimination, segregation and prejudice that make omit their HIV status. For them live and be with infected women are ways to reorganize and give new meaning to life. The research reinforces the idea that HIV and AIDS should not be seen as an inevitable fate, but that there are social issues and determinants strongly integrated into the health-disease-care process.
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