Estrat?gias de cuidados por familiares de portadores de transtornos mentais severos residentes na zona rural do alto sert?o paraibano

Autor: Silva, Victor Hugo Farias da
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2013
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFRNUniversidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN.
Druh dokumentu: masterThesis
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq
Na atual configura??o da Reforma Psiqui?trica brasileira a fam?lia tem papel fundamental no cuidado em sa?de mental: co-responsabiliza??o e participa??o ativa no processo de ressocializa??o de pessoas portadoras de transtornos mentais severos. Considera-se que o familiar que cuida pode ajudar os usu?rios tanto nos seus afazeres di?rios, quanto articulando trajet?rias, redes e caminhos que potencializam as conex?es sociais. Tal pesquisa foi motivada pelo interesse na tem?tica e pela falta de estudos sobre essa realidade nas zonas rurais. O presente estudo objetivou conhecer os modos de aten??o em sa?de mental por familiares de portadores de transtornos mentais severos residentes nas zonas rurais do alto sert?o paraibano. Metodologicamente trabalhou-se com pesquisa qualitativa estruturada em dois momentos. No primeiro, realizou-se Pesquisa Documental no CAPS II visando identificar: a) usu?rios que residiam na zona rural e que tinham hist?rico de pelo menos uma interna??o psiqui?trica; b) usu?rios que deixaram de fazer uso do servi?o de refer?ncia (CAPS II) h? pelo menos um ano. O segundo momento foi constitu?do por visitas domiciliares e entrevistas semi-estruturadas com onze fam?lias das zonas rurais. Os resultados apontaram um perfil composto por 56 usu?rios: 30 mulheres e 26 homens com idade entre 50 a 64 anos, solteiros, sem estudos, agricultores e donas de casa, residentes a dez quil?metros do CAPS II e portadores de transtornos mentais severos. As estrat?gias e recursos utilizados pelos familiares no cuidado em sa?de mental foram: a religi?o, o trabalho, a medica??o e a ajuda dos parentes, vizinhos e comunidade. Os fatores relacionados a n?o utiliza??o dos servi?os substitutivos foram: a falta de internamento no CAPS II, a falta de dinheiro e de transporte. A interna??o, a pris?o domiciliar, a ajuda policial e a religi?o foram estrat?gias usadas por familiares como suporte ?s crises psiqui?tricas. Os resultados apontaram para a n?o resolutividade de cuidado oferecido pela rede de aten??o psicossocial e a import?ncia de redirecionamento de pr?ticas alinhadas ao modelo asilar em favor de estrat?gias psicossociais que visem a ressocializa??o e a participa??o comunit?ria no cuidado em sa?de mental.
In the current configuration of the Brazilian Psychiatric Reform, family plays a key role in mental health care: shared responsibility and active participation in the process of rehabilitation of people with severe mental disorders. It?s considered that the family member who cares can help users in their daily tasks and articulating trajectories, networks and ways to potentiate social connections. This research was motivaded by interest in the subject and by the lack of research and studies about this reality in rural areas. This study aimed to identify ways of mental health care by relatives of severe mental disorder patients living in rural zone located at sert?o of Paraiba. Methodologically was made a work with qualitative research structured in two moments. In the first one, was held a Documentary Research in CAPS II in order to identify: a) users living in rural that had a history of at least one psychiatric hospitalization, b) users who no longer use the reference service (CAPS II) for at least one year. The second stage consisted by home visits and semi-structured interviews with eleven families in rural areas. Results pointed out a profile composed by 56 users: 56 women and 26 men aged between 50 and 64 years, unmarried, without study, farmers and housewives, living six miles from CAPS II and carriers with severe mental disorders. Strategies and resources used by the families for mental health care were: religion, work, medication and help from relatives, neighbors and community. Factors related to non-use of substitute services were lack of internment in CAPS II and lack of money and transportation. The hospital, the house arrest, the police aid and religion were strategies used by family members as support to psychiatric crises. The data pointed to non-solving of care offered by psychosocial support network and the importance of redirecting practices aligned to the asylum model in favor of psychosocial strategies that aimed at rehabilitation and community participation in mental health care
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