Ecologia reprodutiva e inferências sobre a evolução e vulnerabilidade de ameroglossum pernambucense eb fischer, s. vogel & a. lopes (scrophulariaceae), espécie endêmica dos inselbergs do nordeste brasileiro e vulnerável à extinção

Autor: WANDERLEY, Artur Maia
Jazyk: Breton
Rok vydání: 2013
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPEUniversidade Federal de PernambucoUFPE.
Druh dokumentu: masterThesis
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A fragmentação limita o tamanho populacional e aumenta os riscos de extinção por perdas genéticas. Afloramentos graníticos são ilhas terrestres cujas populações tendem a serem pequenas, isoladas e sofrerem pressões antrópicas. Ameroglossum pernambucense é um arbusto ornitófilo, exclusivo dos afloramentos graníticos do Nordeste brasileiro e vulnerável à extinção. Os objetivos deste trabalho foram avaliar em duas populações: os fatores que determinam a floração desta planta; as características do néctar e sua produção; o sistema reprodutivo e sua dependência por polinizadores; e verificar se havia limitação reprodutiva nessas populações. A variação do horário de ocaso foi o principal fator a explicar a floração de A. pernambucense, havendo alta sincronia de indivíduos férteis, mas baixa sincronia na sua intensidade. As flores são ornitófilas e beija-flores foram os únicos polinizadores observados. Néctar foi abundantemente produzido ao longo da antese e sucessivas remoções não interrompem sua produção. O sistema reprodutivo mostrou-se autocompatível, embora dependa de polinizadores para produção de mais sementes. Não se verificou limitação polínica nas populações estudadas. Os aspectos reprodutivos analisados mostraram uma alta adaptação de A. pernambucense às condições insulares dos afloramentos graníticos. A regulação fenológica por fotoperíodo deve aumentar a sincronia de floração entre os afloramentos. A autocompatibilidade, alto valor energético das flores e exclusiva polinização por beija-flores devem explicar o sucesso reprodutivo natural das populações estudadas e aumentar as chances de cruzamentos entre indivíduos distantes. Portanto, para diminuir as chances de extinções locais por perdas genéticas, planos de manejo devem levar em conta a conservação de subpopulações próximas.
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