A questão do corpo em psicanálise: de Freud a Lacan
Autor: | Rythowem, Marcelo |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGUniversidade Federal de GoiásUFG. |
Druh dokumentu: | Doctoral Thesis |
Popis: | Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-02-02T11:36:06Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-02-02T11:44:28Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2018-02-02T11:44:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-12-15 The aim of this research is to perform a reading of the body as a critical issue in its relation with the psychoanalysis. In this thesis, I carry out a discussion on the dimension of the corporeality from the works of Freud and Lacan, supported the idea that the body, in the analysis práxis is a caused body, pulsatory, an effect of the signifier, thus, bodylanguage. I uphold that in the relationship between the psychic and the somatic it is necessary to put in place a snip of reading that may sustain a coherent proposal to the unconscious thesis. In that sense, this reading acknowledges as the conceptual and methodological benchmark the lacanian thesis that is, the unconscious is structured like language. In compliance with those presuppositions, the body, to Freud, cannot be mistaken with the anatomy because the representation, being perceived from the register of the language, indicates the body also as a discourse phenomenon. In the body of the hysterics, the symptoms would make it possible for the unconscious to appear. Freud, from an ethical atitude took into account what those bodies were saying. The body, in Freud, is not an evidence, because it is in the relation with the parental desire – like the projection of the Self Ideals – that a body for a subject is established. I also bolster the concept that the body, in which the ubiquity of the pulsations provides a link, even so a lost one, between the psychic and the somatic, is also ruled by a narrative that Freud denominates mythology and that has profound bonds with the linguistic phenomena. From Lacan’s viewpoint, the body issue is faced under the perspective of a structure in which the elements cannot be taken isolatedly. The body, therefore, is inscribed in the three registers of the pshychic reality, that are, Real, Simbolic and Imaginary. In the conjunction with the Other, the signifiers’ treasure, the subject, to be constituted, concedes a part of his/her body, that may never be taken as a whole, but as a mindless topological community. This way, I explore the different forms of the subject a, as body. The body in this sense, carries the mark of a reality that, being under the structure of the signifier, is always an opacity, as from the body, one will never have an objective knowledge, because the barrier that divides the signifier from the meaning cannot be transpassed. The psychoanalysis, in doing so, founds a turning point that we can name ethics because it convenes the human being to be responsible for his/her subject position and therefore, to respond for his/her desire. Elevate the body to the dignity of the thing. O objetivo deste trabalho de pesquisa é realizar uma leitura sob o prisma da psicanálise do corpo enquanto uma momento crítico em sua relação com a o inconsciente. A partir dessa leitura procuro desenvolver nesta tese uma discussão, que é central, sobre a dimensão da corporeidade a partir das obras de Freud e Lacan sustentando que o corpo na práxis da análise é corpo causado, pulsional, efeito do significante, portanto corpolinguagem. Sustento que na relação entre o psíquico e o somático é preciso estabelecer um recorte coerente para com a tese do inconsciente. Nesse sentido, este trabalho assume como marco conceitual e metodológico a tese lacaniana, de que o inconsciente é estruturado como linguagem. Em conformidade com esses pressupostos, o corpo, para Freud não pode ser confundido com a anatomia, porque a representação, sendo do registro da linguagem, indica o corpo como fenômeno também de discurso. No corpo das histéricas os sintomas possibilitavam que o inconsciente comparecesse. Freud, a partir de uma atitude ética levou a sério o que esses corpos diziam. O corpo em Freud não é uma evidência, pois é na relação com o desejo parental que se estabelece um corpo para um sujeito. Sustento ainda que corpo, no qual a ubiqüidade das pulsões instaura um elo, mesmo que perdido, entre o psíquico e o somático, também é regido por uma narrativa que Freud denomina mitologia e que tem vínculos profundos com os fenômenos linguísticos. Sob a ótica de Lacan a questão do corpo é enfrentada sob a perspectiva de uma estrutura na qual os elementos não podem ser tomados isoladamente. O corpo, portanto, se inscreve nos três registros da realidade psíquica, a saber, Real, Simbólco e Imaginário. Nas relações com o Outro, o tesouro dos significantes, o sujeito para se constituir cede uma parte de seu corpo, que nunca pode ser tomado como uma totalidade, mas como uma comunidade topológica acéfala. Desse modo exploro as diferentes formas do objeto a, como mediadores da relação do sujeito com o Outro. Dessa relação sempre há um resto que cai do corpo. O corpo nesse sentido carrega a marca de uma realidade que estando sob a estrutura do significante é sempre uma opacidade, visto que do corpo jamais se terá um conhecimento objetivo, pois não se pode ultrapassar a barra que separa o significante do significado. Ao empreender esse trabalho de leitura o faço com a intenção de tratar o corpo como uma questão que emerge constantemente na psicanálise mas, que por ser geralmente denegada não produz os tensionamentos necessários para que seja enfrentada sem cair em reducionismos biologicistas. A psicanálise desse modo instaura uma virada que podemos chamar de ética por convocar o humano a se responsabilizar por sua posição de sujeito e assim responder pelo seu desejo. Elevar o corpo à dignidade da coisa. |
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