A mulher brasileira contemporânea e a maternidade da culpa
Autor: | Halasi, Fabiana de Souza |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPPontifícia Universidade Católica de São PauloPUC_SP. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-12-04T11:46:06Z No. of bitstreams: 1 Fabiana de Souza Halasi.pdf: 1113289 bytes, checksum: 9760a7b0d311815d6ca30a81605853b0 (MD5) Made available in DSpace on 2018-12-04T11:46:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fabiana de Souza Halasi.pdf: 1113289 bytes, checksum: 9760a7b0d311815d6ca30a81605853b0 (MD5) Previous issue date: 2018-10-18 Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq In this study I propose a psychoanalytic reading about motherhood, questioning whether all mothers correspond to social expectations about it. Based on a literature review, I did a deepening in some aspects such as childbirth and breastfeeding, idealization and romanticism and also on the question of guilt. Motherhood as a psychic operation, also implies an option that, in the contemporaneity, suffers social pressure and charges through a pre-established ideal of mother. This makes many women to initiate this process with anticipated guilt. Illustrating this question, I used the free-speech of five celebrities, who have just given birth, points out the super mother must be the full identity of the woman, refractory or not to the ideal of mother. Psychoanalysis places the determinants of the subject beyond the order of the natural, breaking with an instinctive maternal love from the creation of the concept of drive. However this maternal ideal ends up facilitating the guilt and with her, depression. In that process must have a careful look at the woman, because this psychic frame with guilt as background reinforces an ambivalent and alienating behavior. The mother may disinvest in the child by glimpsing other libidinal investments. This kind of attitude alleviates her guilt because a displacement for herself or for what motherhood represents does not mean abandonment or absence of child care. Relativize motherhood with fewer manuals, advice and more respect for individualities and possible mothering is necessary Neste estudo proponho uma leitura psicanalítica sobre a maternidade, problematizando se todas as mães correspondem às expectativas sociais sobre ela. Apoiada numa revisão de literatura, fiz um aprofundamento em alguns aspectos como parto e amamentação; idealização e romantismo e ainda sobre a questão da culpa. A maternidade configurando-se como uma operação psíquica, também implica numa opção que, na contemporaneidade brasileira, sofre pressões e cobranças sociais mediante um ideal de mãe preestabelecido, fazendo com que muitas mulheres iniciem esse processo com uma culpa antecipada. Ilustrando esta questão, utilizei-me da fala livre de cinco celebridades, que acabaram de dar à luz, refratárias ou não ao ideal de mãe, capturando que a supermãe deve ser a identidade plena da mulher. A Psicanálise, rompendo com um amor materno instintivo, a partir da criação do conceito de pulsão, coloca os determinantes do sujeito para além da ordem do natural, porém esse ideal materno que preconiza a total satisfação e realização da mãe com o bebê, acaba por facilitar a culpa e com ela a depressão. Nesse processo deve-se ter um olhar cuidadoso para com a mulher, pois este quadro psíquico tendo a culpa como pano de fundo reforça um comportamento ambivalente e alienante. Ao vislumbrar outros investimentos libidinais, a mãe pode desinvestir na criança, amenizando sua culpa, que não deve ser confundida com abandono ou ausência de olhar, mas como um deslocamento para ela mesma e para o que representa. É preciso relativizar a maternidade, com menos manuais, aconselhamentos e mais respeito às individualidades e às maternagens possíveis |
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