As representações de uma professora sobre si mesma, sobre leitura e avaliação num trabalho de formação docente

Autor: Peralta, Sueida Soares
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPPontifícia Universidade Católica de São PauloPUC_SP.
Druh dokumentu: Doctoral Thesis
Popis: Made available in DSpace on 2016-04-28T18:23:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sueida soares peralta.pdf: 2092787 bytes, checksum: 60302b98394d33f81a6be138d97616bc (MD5) Previous issue date: 2006-11-08
The present work aims to identify the representations that a geography teacher constructs about herself and to verify how the change on the practice of reading unchains a change in these representations. It seeks to discuss the representations of this teacher during a teacher's education work and the use of new didactic resources - the verbal protocol in group or thinking aloud (Zanotto, 1997; 2005) and revoicing (O'Connor & Michaels, 1996) in reading classes of a São Paulo State school. Theoretically, the research is based in the social-historical perspective (Vygotsky, 1934/2000). It also adopts the conception of reading as a social process as proposed by Bloome (1993) and the concept of representation according to Spink (2003, 1993/2004), Freire & Lessa (2003) and Magalhães (2004), as well as the notion of negative mental representation (Sato 1993/2004). It is an ethnographic research of a collaborative kind, defined as one that makes possible the negotiation among the teacher participating of the research, the pupils and the researcher/teacher trainer in a reciprocal process of learning. Data were collected in 2005 and are relative to the demand of the teacher herself - her difficulties in geography-specific text reading practice - from the perspective of her representations. Data analysis was carried through according to Bronckart's proposals (1999) on thematic contents, linked to representations. Results show that the problematization of the teacher's representations during the work contributed to revert her traditional practice of reading and evaluation, with less control of turns in the interaction and a more effective participation of the pupils in the lessons of Geography, unchaining a process of change of the teachers' representations regarding herself as a professional. Moreover, the work resulted in an innovation: the use of the verbal protocol in group - that is a research resource - as an instrument of evaluation
Este trabalho tem por objetivos identificar as representações que uma professora de Geografia constrói sobre si mesma, sobre leitura e avaliação e verificar como a mudança da prática de leitura em sala de aula desencadeou uma mudança dessas representações. Busca discutir as representações da professora que emergem durante o processo de formação docente e a aplicação de novas ferramentas pedagógicas - o protocolo verbal em grupo (Zanotto, 1997, 2005) e o revoicing (O´Connor & Michaels, 1996)- em aulas de leitura, de uma escola estadual da Grande SP. Teoricamente, a pesquisa está embasada na perspectiva sóciohistórica (Vygotsky, 1934/2000). Parte ainda da concepção de leitura como processo social tal como proposta por Bloome (1993) e do conceito de representação, nos termos de Spink (2003,1993 2004), Freire e Lessa (2003) e Magalhães (2004), e a noção de representação mental negativa (Sato 1993 2004). Trata-se de uma pesquisa etnográfica de cunho colaborativo, definida como a que possibilita a negociação entre a professora participante da pesquisa, os alunos e a pesquisadora/formadora, num processo recíproco de aprendizagem. Os dados foram coletados em 2005 e são relativos à demanda da professora - sua dificuldade na prática de leitura de textos específicos de Geografia. A análise dos dados foi realizada segundo a proposta de Bronckart (1999) sobre os conteúdos temáticos, ligados às representações. Os resultados apontam que a problematização das representações da professora durante o trabalho contribuiu para a reversão de sua prática tradicional de leitura e avaliação, com menos domínio dos turnos na interação e a participação mais efetiva dos alunos nas aulas de Geografia, desencadeando um processo de mudança das representações da professora com relação a si mesma como profissional. Além disso, o trabalho resultou numa inovação: o uso do protocolo verbal em grupo que é um instrumento de pesquisa - também como instrumento de avaliação
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