Em nome da promoção à saúde : análise das ações de macrorregião do município de Vitória-ES
Autor: | Iglesias, Alexandra |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2009 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFESUniversidade Federal do Espírito SantoUFES. |
Druh dokumentu: | masterThesis |
Popis: | Made available in DSpace on 2016-12-23T13:47:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ALEXANDRA 1.pdf: 1390029 bytes, checksum: 6285fa2c0672ba347cd6730481a44b1e (MD5) Previous issue date: 2009-03-27 This research proposes to describe which ones of the actions classified as Health Promotion are developed in the Health Unities circumscribed in Maruípe area, in the city of Vitória-ES, to verify the conceptions used as it s base and the difficulties to it s accomplishment. This research also develops an analysis of the activities made in the name of Health Promotion, specifically at one Health Unity of that area, and examines, specifically, the relations established between users and professionals who conduct the actions. It presents a valuation of the moments where the practices of Health Promotion reaches the potencialization of the subject s autonomy and points those moments that contributes to the experts knowledge domination, denying the word to others, slighting their knowledges or disqualifying the user s way of life. There are several conceptions of Health Promotion, and they include such the activities pointed to the modifications of the individual behavior, focused on the life style changes, as well as the activities directed to the collectivity and physical, social, political, economical and cultural environment, showing the relevance to consider, during the work s routine, how these activities happen. To accomplish the goals, individual interviews were made to five health professionals, with the use of semistructured scripts, and two group interviews with users of the actions. The field work happened during the work s routine, from July to October 2008, resulting in nearly 130 hours of specific activities observations. six different kinds of actions classified as Health Promotion were analyzed: Atividade Física (physical activity), Grupo Futuro do Amanhã: corpo em movimento (Tomorrow s Future: body in movement Group), Fitoterapia (Fitoterapy), Bolsa Família (Family Stipend), Ação Anti-Tabagismo (anti-tobacco action) and HIPERDIA (actions against arterial hypertension and diabetes mellitus). It concludes for the existence of similarities between what is considered Disease Prevention actions and those actions known as Health Promotion. It values the virtual presence of the construction of collective spaces of exchange, which contributes to edify other ways of being in the world, and to fortify fights for a better life and health conditions. There are big efforts by professionals to the realization of Health Promotion collective actions, although there are several difficulties and obstacles, which causes the frequent absence of users or the existence of purposeless actions, not only from those who organizes it, but also from those who participates. It brings to attention the considerable verticalization of the choices of which actions will be made by the Health Unity, since the priorities are elected by the Health Ministry and Municipal Secretary s power of induction, which creates actions with no planning or valuation by the involved professionals. The relationship between users and professionals are predominantly verticalized, with little space to the user s speech and to the exchanges between them. It valorizes orientations and prescriptions of behaviors classified as healthier, and insists on the need of changing one s life styles, no matter the constant resistance by the users, such as not going to meetings, or asseverating that, in the end, they make their own way . Esta pesquisa se propôs descrever quais são as ações tidas como de Promoção à Saúde que se desenvolvem nas Unidades de Saúde circunscritas à macrorregião de Maruípe, no município de Vitória-ES, verificar as concepções que as embasam e as dificuldades para sua realização. Além disso, desenvolve análise das atividades que são realizadas em nome da Promoção à Saúde, especificamente em uma US dessa macrorregião. Examina particularmente as relações que se estabelecem entre usuários e os profissionais responsáveis por estas ações. Avalia em que momentos as práticas de Promoção à Saúde alcançam uma potencialização da autonomia dos sujeitos e aponta aqueles que contribuem para a subjugação aos saberes especialistas, negando a palavra ao outro, desconsiderando seu saber, ou desqualificando os modos de vida exercidos pelos usuários. As concepções de Promoção à Saúde são várias, e incluem tanto atividades dirigidas à transformação dos comportamentos dos indivíduos, focalizadas na mudança dos estilos de vida, quanto àquelas que abrangem atividades voltadas para o coletivo e o ambiente físico, social, político, econômico e cultural, daí a relevância de considerar, no cotidiano dos serviços, como acontecem tais atividades. Para cumprir os objetivos, foram realizadas cinco entrevistas individuais com roteiro semi-estruturado com os profissionais de saúde e duas entrevistas coletivas com os usuários participantes das ações. O trabalho de campo consistiu no acompanhamento do cotidiano do serviço durante os meses de julho a outubro de 2008, resultando em aproximadamente 130 horas de observação de atividades específicas. São analisadas seis modalidades diferentes de ação tidas como de Promoção à Saúde: Atividade Física, Grupo Futuro do amanhã: corpo em movimento, Fitoterapia, Bolsa Família, Ação Anti-Tabagismo e o HIPERDIA. Constata que existe uma indistinção entre aquilo que se considera ação de Prevenção de Doenças e aquelas que se configuram como sendo de Promoção à Saúde. Avalia que as possibilidades de construção de espaços coletivos de troca que contribuam para a edificação de outros modos de estar no mundo e para o fortalecimento das lutas por melhores condições de vida e saúde estão virtualmente presentes. Há grande esforço por parte dos profissionais para a realização das ações coletivas de Promoção à Saúde, porém as dificuldades e os entraves são inúmeros, o que faz com que tais ações estejam por vezes esvaziadas de usuários e outras carentes de sentido, tanto para quem faz quanto para quem participa. Ressalta que há grande verticalização na eleição das ações que são realizadas pela US, visto que é o poder de indução do MS e da SEMUS que elegem as prioridades, o que faz com que as ações sejam realizadas sem planejamento ou avaliação por parte dos profissionais envolvidos. As relações que se estabelecem entre os usuários e profissionais são predominantemente verticalizadas, com pouco espaço para falas proporcionado por estes últimos ou estímulo às trocas entre eles. Prima-se por orientações e prescrições de condutas tidas como saudáveis e pela insistência na necessidade de mudança nos estilos de vida, mesmo que os usuários resistam, seja faltando aos encontros ou afirmando que, ao final, fazem tudo do jeito deles . |
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