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A Gamboa do Emboguaçu está localizada na Baía de Paranaguá e banha a cidade homônima na sua porção oeste. Junto com as gamboas Itiberê, dos Correias, dos Almeidas e Maciel apresenta uma extensa e plana bacia de drenagem margeada por manguezais que são os maiores fornecedores de matéria orgânica dissolvida da Baía de Paranaguá. Segundo informações da Empresa de Saneamento de Paranaguá, a "CAB Águas de Paranaguá", o esgoto tratado pela Estação de Tratamento de Esgoto do Emboguaçu é lançado na gamboa Emboguaçu Mirim que deságua na Gamboa do Emboguaçu. Considerando-se as alterações antrópicas existentes na região e a escassez de estudos procariológicos, fez-se necessário um estudo do procarioplâncton ao longo do curso d´água em questão e correlacioná-lo com fatores físico-químicos (temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido, transparência, nitrato, nitrito, fosfato, N-amoniacal, material particulado em suspensão, teor de matéria orgânica particulada, e pluviosidade). Os resultados mostraram que a maior densidade de procarias heterotróficas totais (1.458x103 cel.mL-1), de sua biomassa (42,74 ?gC.L-1) e de E. coli (>48.392 NMP.100mL-1) ocorreu principalmente na segunda quinzena de dezembro (período de férias entre o Natal e o Ano Novo). Nesse período também foram registradas as maiores pluviosidades das últimas 24h, o que pode evidenciar a relação direta entre esse parâmetro e a rápida resposta dessas bactérias a essa condicionante física. As concentrações de coliformes totais (>48.392 NMP.100mL -1) e da pluviosidade das últimas 72 horas foram mais elevadas nas segundas quinzenas de janeiro e fevereiro. Junto com a E. coli também foram registrados os maiores valores de amônia e fosfato. As altas concentrações desses nutrientes reforçam a idéia de que há entrada de esgoto "in natura" na gamboa, principalmente no período de altas pluviosidades e do aumento populacional no verão. |