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Esta pesquisa tem como objeto de estudo a aplicação e adaptação da teoria de Schenker como ferramenta analítica aplicada ao jazz, tendo em vista a possibilidade de encontrar estruturas fundamentais distintas na música popular. Tendo como base as análises feitas por Larson (1998; 2009), Forte (2011) e Stock (1993) a pesquisa abordará, em um primeiro momento, as origens do jazz (blues e ragtime) como parte essencial para sua abordagem analítica, através da ótica etno-schenkeriana proposta por Stock (1993) relacionando o som musical, contexto e comportamento como elementos interdependentes. Em um segundo momento ocorrerá a aplicação das estruturas propostas no blues em peças de jazz, apontando traços de sua evolução com base no pressuposto histórico (HOBSBAWM 1986; GIDDINS 2009), musicológico (FORTE 2011) e etnomusicológico (STOCK 1993) de que as origens folclóricas possuem um papel determinante para o seu desenvolvimento musical. Através desse estudo é possível compreender o desenvolvimento de aspectos particulares do jazz como o tratamento da dissonância e sua ambiguidade melódica, oriundos da miscigenação cultural entre a tradição musical africana (com sua inflexão melódica e de estruturação musical) e a tradição musical europeia (com suas progressões harmônicas e estruturas formais), dentro do contexto afro-americano. |