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Informações sobre a influência de fatores ambientais na taxa de crescimento das espécies arbóreas são importantes para a elaboração de planos de manejo de florestas naturais ou plantadas e o estudo de anéis de crescimento é uma ferramenta para a obtenção dessas informações. Regiões tropicais com sazonalidade marcada por estação seca ou períodos de inundação podem levar à formação de anéis anuais de crescimento. Fatores climáticos e edáficos, característicos do Pantanal, sub-região da Nhecolândia, possivelmente induzem a um período de dormência das árvores levando à formação de anéis anuais de crescimento. Objetivou-se com este trabalho: 1) identificar espécies arbóreas nativas do Pantanal da Nhecolândia que apresentem anéis anuais de crescimento, utilizando para isso os módulos de crescimento anuais dos ramos; 2) determinar a idade das árvores; e 3) determinar os incrementos radiais dessas árvores. As coletas de ramos e discos do caule das árvores foram realizadas, em julho de 1996, na fazenda Nhumirim, de propriedade da EMBRAPA Pantanal, localizada na sub-região da Nhecolândia, município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. As amostras de ramos e discos do caule foram coletadas de 27 espécies em áreas com vegetação de cerrado, cerradão e mata (Savana Arborizada, Savana Florestada e Floresta Estacional Semidecidual). De Anadenanthera colubrina var. cebil e Tabebuia impetiginosa foram coletados discos de oito e seis indivíduos, respectivamente. As árvores foram selecionadas, pela boa formação de copa. Foram determinados nos ramos os três últimos módulos de crescimento anual, através da arquitetura do ramo, presença de folhas, cicatrizes e textura da casca. Foram retiradas amostras de seções transversais do caule de cada árvore a 0,30 m do solo. De alguns indivíduos foram também coletados discos a 1,3; 2,5; 5,0; e 7,5 m ou a cada metro. Os anéis de crescimento foram contados e medidos em oito raios de cada disco. Foi possível identificar os módulos em extensão dos três últimos anos dos ramos das árvores, nas espécies estudadas. Estas apresentam camadas de crescimento distintas, sendo o limite do anel de crescimento marcado principalmente por linha tangencial mais escura evidenciada pelo achatamento e espessamento das fibras e/ou parênquima marginal. O número de anéis de crescimento corresponde a idade pré-determinada do módulo de crescimento do ramo, indicando que o anel de crescimento é anual. Todas as espécies estudadas apresentaram anéis anuais de crescimento. As árvores de Anadenanthera colubrina var. cebil apresentavam 14 a 30 anos, com crescimento anual médio em diâmetro a 1,3 m do solo variando de 5,4 a 8,0 mm.e, Tabebuia impetiginosa, 15 a 30 anos, com crescimento anual médio em diâmetro variando de 4,8 a 11,6 mm. O tempo médio para Anadenanthera colubrina var. cebil e Tabebuia impetiginosa atingirem 40 cm diâmetro foi estimado em, no mínimo, 55 anos. Houve correlação entre precipitação do período de crescimento e incremento anual do raio em Tabebuia heptaphylla. |