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O Depósito Pilar é um depósito de ouro orogênico (Groves et al, 1998), mesotermal, desenvolvido em ambiente de tectônica compressional, de caráter epigenético, encaixado em rochas intensamente hidrotermalizadas e estruturalmente controladas. Está localizado na porção nordeste do Quadrilátero Fenifero, no distrito de Brumal, município de Santa Bárbara, Minas Gerais.Geologicamente, encontra-se em uma faixa com orientação NE/SW, encaixada em rochas peltencentes ao Greenstone Belt Rio das Velhas (Ladeira, 1980) que mergulham homoc1inalmente para SE. Estas rochas mostram uma configuração estratigraficamente inveltida com as rochas mais antigas, representadas pelo Grupo Quebra Osso, sobrepostas aos litotipos do Grupo Nova Lima, mais recentes que estas últimas.As unidades presentes na área do estudo correspondem, na base, a rochas ultramáficas xistificadas, pertencentes ao Grupo Quebra Osso e que estão sotopostas aos xistos máficos, pelíticos e vulcanocásticos, além de formação ferrífera bandada, do Grupo Nova Lima. Cortando toda a seqüência, ocorrem diques máficos de diversas gerações.A estrutura do depósito está condicionado a uma dobra isoclinal a fachada, relacionada ao primeiro evento (D1) e que está sobreposta por uma zona de cisalhamento de empurrão, relacionada ao segundo evento (D2). O trend geral destas duas grandes estruturas é NE-SW, com mergulho do plano da ordem de 50° para SE. O caimento do eixo da dobra possui plunge em de 135°/50°- 55º.São identificados três halos de alteração hidrotermal divididos em distal, intermediário e proximal em relação à porção mais central da zona mineralizadora. A zona de alteração distal está mais afastada do centro da zona mineralizadora e possui características paragenéticas e texturais mais típicas do metamorfismo, do que do hidrotermalismo. Apresenta-se como uma zona tabular, com centenas de metros de extensão lateral e que acompanha, comumente, a forma da estrutura geral do depósito. A zona distal é onde se formam os minerais hidratados como clorita, seguida da biotita, nos xistos, e clorita, stilpnomelano e clorita dentro da formação ferrífera.A zona de alteração intermediária está entre o halo distal e o centro da zona mineralizadora. Exibe associações de minerais das zonas distal e proximal e caracteriza-se pelo aparecimento do carbonato e aumento da quantidade de stilpnomelano. O mineral diagnóstico deste halo é, principalmente, o carbonato, tanto nos xistos quanto na formação ferrífera, sendo a mineralização sub-econômica dentro deste halo visto que mostra baixos teores, com sulfetos comumente nas bordas dos veios quartzo-carbonáticos.A zona de alteração proximal ocupa o centro do halo de alteração hidrotermal, sendo considerada a de principal interesse econômico, visto que é onde ocorre a mineralizaçao aurífera do Depósito Pilar. Esta zona possui continuidade lateral restrita, podendo alcançar aproximadamente 50 metos, mas é contínua em profundidade. Encontra-se totalmente condicionada às estruturas do evento D1, tanto na escala macroscópica como nas seções delgadas, e está restrita somente aos xistos máficos e a formação ferrífera. A principal feição diagnóstica desta zona é a significativa presença de sulfetos, principalmente pirrotita e arsenopirita, com calcopirita, esfalerita e pirita de forma subordinada. A presença de veios quartzo-carbonáticos de espessura variável é intensa, que estão comumente acompanhados de sufetos nas bordas. |