Perfil do absenteísmo em um Banco Estatal em Minas Gerais: análise no período de 1998 a 2003

Autor: Luiz Sergio Silva
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2005
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMGUniversidade Federal de Minas GeraisUFMG.
Druh dokumentu: masterThesis
Popis: A transversal, descriptive and quantitative study was conducted on absenteeism and prevalence of reasons for sick-leaves in a state Bank in the State of Minas Gerais, between 1998 and 2003. The sample comprised 7499 employees of this Bank. The statistical pack used for data edition and analysis was the SPSS (Statistical Pack for Social Science) version 11.1. This study adopted the recommendations by the International Society of Occupational Healths Absenteeism Committee, and included frequency rates, gravity, absenteeism percentage and mean duration of leaves, besides analyzing the most frequent causes for such leaves, particularly Mental and Behavioral disorders and Musculoskeletal diseases. During the period studied, the number of leaves grew, unlike the number of days on leave. The samples remained practically unchanged, around 7500; the number of leaves increased, unlike the number of days off work. The rates of absenteeism fell throughout the study, except for the frequency rate. Sociodemographic factors affected the number and quantity of days off work, when considered individually, except for age range and length of time with the company, whose statistical meanings were consistent when analyzed individually or as a group. Women were responsible both for a larger number of days off (58%) and leaves (57%). Married people had the most leaves, both in number of events and in the number of days. Educational level did not have a significant influence. However, people in junior positions, such as clerks, assistants and assessors were those who had leaves more often and for longer periods of time. In spite of a reduction in the number of days off, the greatest concentration was on short-length leaves (up to 15 days), and on leaves over 90 days. Musculoskeletal and conjunctive tissue diseases were the main causes for leaves, folowed by the Mental and Behavioral disorders. The percentile for the other groups that caused leaves were not high if compared to the others; they were responsible for only 25% of the number of days off. Considering the evolution of prevalence rates of the leave causes by Musculoskeletal diseases and Mental and Behavioral disorders in the period, besides the increase in the Mental and Behavioral number of leaves; as well as their percentile representation within each year, its been noted an indicative of change in sicking profile; the Mental and Behavioral disorders are becoming predominat. Its been still noted the absense of recognition of the causal connection among Mental and Behavioral disorders by the company. The analysis of the profile of absenteeism led to the hypothesis that the internal policy adopted by the company, whether it is for its very definitions, for the external influence of the Ministries of Labor and Employment, by means of its rules and regulations, or the Social Service, with its contradictory measures in the granting of leaves and retirement, might have affected these changes. Despite a fall in the rates of absenteesm in the Bank studied, they are still significant and demand a better understanding of its determiners so that more consistent health policies are developed.
Desenvolveu-se estudo transversal, descritivo e quantitativo, abordando absenteísmo e prevalência de causas de afastamento por licença-saúde em um Banco estatal em Minas Gerais, no período de 1998 a 2003. A amostra compôs-se de 7499 funcionários desse Banco Utilizou-se o pacote estatístico SPSS (Statistical Pack for Social Science) versão 11.1 para edição e análise dos dados. Adotaram-se as recomendações do Subcomitê de Absenteísmo da Sociedade Internacional de Saúde Ocupacional, abordando os índices de freqüência, gravidade, percentual de absenteísmo e duração média das ausências, além de analisar as causas mais freqüentes de afastamento, mais especificamente os distúrbios mentais e do comportamento e os distúrbios osteomusculares. No período estudado, o número de afastamentos apresentou crescimento, diferentemente do número de dias de afastamento. Os índices de absenteísmo apresentaram queda durante todo o estudo, exceto a taxa de freqüência. Observou-se influência dos fatores sociodemográficos no número e na quantidade de dias de afastamentos, quando considerados individualmente, exceto faixa etária e tempo de serviço, que apresentaram significado estatístico consistente quando analisados separadamente ou em conjunto. O sexo feminino foi responsável tanto pelo maior número de dias de afastamento (58%) quanto pelo de afastamentos (57%). Os casados foram os que mais apresentaram afastamentos, tanto em número de eventos quanto em número de dias. O grau de instrução não influenciou significativamente. Porém, as funções de menor remuneração, como escriturários, caixas executivos e assistentes foram os que mais se afastaram e por um tempo maior. Apesar da redução do número de dias de afastamento, houve maior concentração nos de curta duração (até 15 dias), bem como naqueles com mais de 90 dias. Os distúrbios osteomusculares e do tecido conjuntivo representaram a maior causa de afastamentos e de permanência em afastamento. A seguir, vieram os transtornos mentais e do comportamento. Os outros grupamentos que motivaram afastamentos apresentaram percentuais muito pequenos em relação aos demais, sendo responsáveis por apenas 25% do número de dias de afastamento. Considerando-se a evolução das taxas de prevelências das causas de afastamentos pelos distúrbios osteomuculares e pelos transtornos mentais e do comportamento no período, além do aumento do número de casos desses últimos, bem como da representação percentual deles dentro de cada ano, notamos um indicativo de mudança no perfil de adoecimento, com predominância dos transtornos mentais e do comportamento. Notamos ainda a ausência de reconhecimento do nexo causal entre o trabalho e os transtornos mentais e do comportamento pela empresa. Levantaram-se hipóteses de que a política adotada internamente pela empresa, quer por definições próprias, quer por influência externa dos Ministérios do Trabalho e Emprego, através de suas Normas Regulamentadoras, e da Previdência Social, com suas contradições na concessão de afastamentos e aposentadorias, poderiam ter influenciado as mudanças nas taxas de absenteísmo. A despeito da diminuição dos índices de absenteísmo no banco estudado, o mesmo continua significativo e torna-se necessário um melhor entendimento de seus determinantes para que se possa adotar políticas mais consistentes de saúde do trabalhador.
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