O papel mediador de uma capacidade colaborativa na relação entre a cultura organizacional e o desempenho de novos produtos

Autor: Sauan, Patrícia Kawai
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional do FGVFundação Getulio VargasFGV.
Druh dokumentu: Doctoral Thesis
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Tanto na academia quanto no ambiente empresarial, ocorrem debates sobre a influência da cultura organizacional nos resultados dos negócios. O que se deseja é entender se a cultura é um dos fatores que geram heterogeneidade de desempenho das firmas e, além disso, sob quais circunstâncias esta influência pode se acentuar ou atenuar. A maioria das pesquisas trata esta relação pelo caminho direto. A contribuição deste estudo se dá pela proposição de que a cultura organizacional, por si só, não é capaz de gerar desempenho superior, mas somente através de uma capacidade mediadora. O referencial teórico utiliza a Teoria Baseada em Recursos e a Visão Baseada em Conhecimento. Este trabalho considera inovação como a proporção de novidades embutidas nos recursos, capacidades e estratégias de uma organização, o que remete às etapas iniciais do processo de desenvolvimento de novos produtos, cujo desempenho é medido pelo potencial competitivo dos produtos caracterizado pela eficácia do produto e pelo ineditismo do produto. A capacidade de colaboração é entendida como a sinergia resultante do envolvimento simultâneo de três stakeholders, i.e., clientes, fornecedores e equipes multifuncionais, nas etapas iniciais até o desenho do novo produto. Finalmente, os diversos tipos de cultura organizacional são classificadas segundo o Modelo de Valores Competitivos. Este modelo foi testado usando os dados do projeto High Performance Manufacturing, composto por 266 empresas de 3 setores localizadas em 11 países. Adicionalmente, com os objetivos de enriquecer a discussão dos resultados empíricos quantitativos e extrair insights para estudos futuros, foi realizada análise qualitativa complementar a partir de entrevistas semi-estruturadas com profissionais de seis empresas com traços culturais distintos. Os resultados apresentam evidências sobre quais tipos de cultura incentivam a formação de uma capacidade colaborativa de engajamento dos stakeholders, além de avaliar o papel que uma tal capacidade desempenha como mediadora necessária para que as culturas produzem efeitos positivos sobre a eficácia do produto. Sugere, também, que a inovação baseada em produtos com alto grau de originalidade possivelmente utiliza outro mecanismo que não a colaboração. Finalmente, não foi possível afirmar se empresas flexíveis e adaptáveis inovam mais que empresas estáveis e controladas.
In both academic and corporate environments, there have been debates about the influence of the organizational culture in business. The goal is to discover if culture is one of the factors that generate heterogeneity in firms’ performance and, furthermore, under which circumstances this influence can go up or down. The majority of the researches approaches this relation through a direct path. The contribution of this study is given by the proposition that organizational culture, per se, is not able of generating superior performance, but only through a mediating capability. The theoretical support refers to the Resource-based Theory and the Knowledge-based View. Organizational culture is seen as an importante determinant to build this collaborative capability, as well as the combined influence from both culture and capability on the competitive advantages associated to innovation. The innovation construct considers the amount of new elements embedded in the resources, capabilities and strategies of an organization, related to the initial stages of the new product development process. The performance of such a process is evaluated by the product effectiveness and the product innovativeness. The collaboration capability is seen as the synergy achieved by the simultaneously involvement of the three stakeholders, i.e., customers, suppliers and multifunctional teams, in the initial stages up to the design of a new product. Finally, the various types of organizational cultures are classified using the Competing Values Framework. This framework was tested using the survey data from the High Performance Manufacturing project, including 266 firms from 3 industries in 11 countries. In addition, with the objectives of enriching the discussion of the quantitative empirical results and extracting insights for future studies, a complementary qualitative analysis was carried out from semi- structured interviews with professionals from six companies with different cultural traits. The results present evidences about which types of culture encourage the development of a collaboration capability for stakeholders engagement, as well as the role that such a capability plays as a necessary mediation for the culture to produce positive impact on product effectiveness. It is suggested, as well, that the innovativeness of products with high level of originality probably uses a mechanism other than collaboration. Finally, it is not possible to state that flexible and adaptive firms innovate more than controlled and stable ones.
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