Efeitos agudos e alterações morfológicas em larvas de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Teleostei, Characidae) expostas à extratos de cianobactérias produtora e não produtora de microcistina LR. 2016.

Autor: FERNANDES, Kelly Afonsina
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2016
Zdroj: Repositório Institucional da UNIFEIUniversidade Federal de ItajubáUNIFEI.
Druh dokumentu: masterThesis
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Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos agudos de extratos de duas cepas de Microcystis aeruginosa, produtora e não produtora de microcistina-LR (MC-LR) sobre larvas de Astyanax altiparanae. As cepas foram cultivadas em meio ASM-1 até crescimento exponencial máximo, sendo posteriormente centrifugadas e liofilizadas. A quantificação de MC-LR foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). As larvas de A.altiparanae foram obtidas através de reprodução semi-natural realizada entre outubro e fevereiro (2015/2016). Os ensaios foram realizados em cinco repetições, com cinco casais de reprodutores diferentes. As larvas eclodidas foram expostas em tubos de ensaio de 10 mL contendo uma larva/mL nas concentrações de 0,1 mg/mL, 0,2 mg/mL, 0,3 mg/mL, 0,4 mg/mL, 0,5 mg/mL de ambos os extratos, além do tratamento controle que foi mantido em água reconstituída, totalizando 50 larvas por concentração. Para os tratamentos da cepa produtora de MC-LR, as concentrações correspondentes MC-LR foram de 0,1 mg/mL (0,5 g/mL), 0,2 mg/mL (1,0 g/mL), 0,3 mg/mL (1,5 g/mL), 0,4 mg/mL (2,0 g/mL), 0,5 mg/mL (2,5 g/mL). Os experimentos foram mantidos em estufa a 26°C e fotoperíodo de 12:12h com leituras em 24, 48, 72 e 96 horas. O cálculo da Concentração Letal (CL50) foi realizado por regressão não-linear. Os valores de CL50 por tempo de exposição foram, 0,40 mg/mL (24h), 0,32 mg/mL (48h), 0,27 mg/mL (72h) e 0,24 mg/mL (96h) para o extrato da cepa produtora de MC-LR e 0,42 mg/mL (24h), 0,37 mg/mL (48h), 0,33 mg/mL (72h) e 0,32 mg/mL (96h) para o extrato da cepa não produtora de MC-LR. Através da análise de variância foi possível constatar que não houve diferença significativa nos valores de CL50 entre os ensaios da cepa produtora e não produtora de MC-LR. A mortalidade de larvas foi avaliada por tempo de exposição e o período de 24 horas foi estatisticamente diferente dos demais, neste período foi registrado a maior taxa de mortalidade nos dois ensaios. Essa diferença foi confirmada nas concentrações 0,4 mg/mL e 0,5 mg/mL, sendo que em 96h essas duas concentrações representaram mais de 90% de mortalidade de larvas. Para as larvas sobreviventes nas concentrações de 0,1 mg/mL, 0,2 mg/mL e 0,3 mg/mL de ambos os extratos, foi analisado qualitativamente as alterações morfológicas como: edema na região pericardial, edema na região gastrointestinal, curvatura na cauda e alterações na coluna vertebral. No ensaio do extrato produtor de MC-LR, as anomalias edema na região do pericárdio (EPCR) e gastrointestinal (EGI) ocorreram em todas as concentrações e alterações na cauda (CC) foi menos expressiva, ocorrendo apenas na concentração 0,2 mg/mL. As alterações morfológicas registradas nas larvas do ensaio com extrato não produtor de MC-LR, foram, escoliose (ESC) e lordose (LOR) para todos os tratamentos, curvatura na cauda (CC) e edema na região do pericárdio apareceram apenas na concentração 0,3 mg/mL, este foi o único tratamento no qual as larvas apresentaram os cinco tipos de anomalias. Além da toxina MC-LR, outros compostos podem estar associados aos efeitos tóxicos observados nas larvas de A. altiparanae, como mostrado no ensaio com extratos da cepa não produtora de MC-LR.
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