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O livro aborda a história do desmatamento da floresta com araucária, ocorrido principalmente entre 1870 e 1970, destacando o papel da indústria madeireira, mas também analisando outros fatores contribuidores, como as atividades agropecuárias e o uso da lenha. Em destaque, é analisada a participação e a importância da empresa estadunidense Southern Brazil Lumber and Colonization, conhecida regionalmente como Lumber ou Lumber Company, desde a sua instalação no atual planalto norte catarinense em 1910 até a estatização no governo Getúlio Vargas. A araucária foi a árvore mais importante da economia madeireira do Brasil desde o princípio do século XX até a década de 1970, quando as florestas nativas foram esgotadas e houve o início dos plantios sistemáticos do pinus. Como consequência, parte da indústria madeireira sulina migrou para a região amazônica. Além da questão das melhorias técnicas das serrarias, do aumento do porte dos estabelecimentos industriais, das transformações dos meios de transporte (do uso da ferrovia para o caminhão) e da dinâmica espacial das serrarias, são discutidas as críticas a esse processo histórico por pessoas como Frederico Carlos Hoehne, Romário Martins e Reinhard Maack. Também são analisadas as ações e projetos governamentais para o reflorestamento e a conservação ambiental, como o Instituto Nacional do Pinho e o seu sucessor, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. |