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Entender o papel da mulher da camada popular no processo de modernização da cidade de Aracaju através dos processos de honra da capital (defloramento, estupro, lenocínio, infanticídio e violência) é um dos objetivos deste trabalho. Aracaju, uma cidade planejada, surge com a ideia de atender aos interesses políticos, econômicos e sociais. É através desses elementos que se justifica a transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju. Neste cenário, buscaremos entender as relações que existiram entre o homem e a mulher, e esta como sendo aquela popular, que trabalhava fora de casa, negra, que não sabia ler nem escrever, que ajudava no sustento da casa estava inserida nesta sociedade. Assim, os resultados desta pesquisa vão refletir sobre a mulher no mercado de trabalho, sobre o comportamento feminino que não se enquadrava nos padrões e estereótipos que eram impostos na época. A discussão sobre Aracaju no início do século XX possibilitou construir um cenário para entender a organização da cidade, o cotidiano da população e os espaços de lazer. Os processos-crime, principal fonte desse trabalho, contribuíram para entender onde as personagens estavam inseridas, onde moravam, onde trabalhavam e além dos motivos e interesses nas denúncias realizadas. Ademais, os jornais da época: Gazeta do povo, Jornal Sergipe, O Imperial, contribuíram para entender os discursos da sociedade, a construção e crescimento da capital. Além dessas fontes, imagens e mapas retratando o cenário de Aracaju contribuíram para entender a mulher popular e seu papel no trabalho, em casa e na sociedade. Diante dessas questões, processos-crime envolvendo mulheres que lutavam pela reparação da honra, possibilitaram notar o crescimento da cidade, a organização social e a mulher popular na cidade de Aracaju no início dos novecentos compreendendo a organização social do período |